Brasil, 12 de novembro de 2025
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Banco Central mantém juros em 15% e reforça foco na inflação

Galípolo destaca a importância de dados na comunicação do BC e reafirma compromisso com meta de inflação, evitando especulações sobre movimentos futuros

O presidente do Banco Central, Roberto Galípolo, reafirmou nesta segunda-feira (12) que a taxa básica de juros permanecerá em 15% por período prolongado, reforçando o foco do órgão no controle da inflação. A decisão foi tomada na última reunião do Copom, que comunicou a manutenção do nível de juros e a continuidade do acompanhamento do ritmo da atividade econômica brasileira.

Política monetária e o papel do Banco Central

Galípolo declarou que o motivo pelo qual a taxa de juros permanece elevada está ligado à necessidade de conter a inflação, cujo ritmo ainda representa preocupação para a instituição. Ele destacou que a política monetária deve se basear exclusivamente em dados econômicos e que o Banco Central não comenta ou se envolve em outras dimensões da política pública ou econômica.

Segundo o presidente do BC, o foco da instituição é acompanhar a evolução da inflação e das expectativas de mercado, mantendo uma postura “humilde e modesta diante da incerteza”, e que suas mensagens refletem apenas a leitura atual do cenário econômico.

Impacto da política fiscal na inflação

Discussão sobre a relação com a política fiscal

Galípolo ressaltou que não cabe ao Banco Central atuar como comentarista de outras áreas da política pública. “O que importa para a gente é como a política fiscal afeta a inflação corrente, as expectativas de inflação e outros ativos com impacto sobre a inflação”, afirmou. Ele destacou que a atuação do BC é centrada especificamente na meta de inflação, sem se envolver em questões fiscais.

Reação às críticas da oposição

Na semana passada, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou publicamente a postura do BC após a decisão do colegiado de manter os juros em 15%. Em resposta, Galípolo afirmou que as mensagens do banco buscam refletir a realidade do cenário econômico, sem indicar movimentos futuros.

“Todo mundo pode manifestar opiniões sobre a política monetária, mas o importante é entender que o Banco Central trabalha com dados, nunca com suposições ou especulações”, declarou.

Perspectivas futuras e cenário externo

Na ata da última reunião do Copom, o Banco Central afirmou que o nível atual dos juros é suficiente para cumprir a meta de inflação, e que continuará monitorando a atividade econômica, que desacelerou no segundo trimestre do ano. O diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, destacou a instabilidade no cenário internacional, influenciada por fatores como tarifas comerciais dos Estados Unidos, a situação fiscal em países emergentes e as decisões do Federal Reserve após o shutdown do governo norte-americano.

Apesar da desaceleração econômica, o mercado de trabalho brasileiro segue aquecido, com a taxa de desemprego atingindo o menor nível histórico. As estimativas sobre o impacto da ampliação da isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil continuam provisórias, conforme ressaltou Galípolo, que reforçou a postura de transparência e humildade do BC diante das incertezas atuais.

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