Durante participação no podcast Awardist da Entertainment Weekly, Jacob Elordi abordou a polêmica reação à cena de banho em “Saltburn” e fez uma reflexão sobre o tema. O ator destacou que a repulsa por cenas sexuais ou explícitas no cinema muitas vezes revela uma postura prude e desproporcional em relação à violência e outros conteúdos gráficos, presentes com mais frequência e naturalidade nas produções atuais.
Elordi sobre a controvérsia na cena de “Saltburn”
Na cena, Oliver Quick, personagem de Barry Keoghan, suga água do ralo do banheiro enquanto assiste a Felix Catton (Jacob Elordi) masturbando-se na banheira. Jacob comentou que a reação negativa às cenas de Bathwater refletem, na sua opinião, uma mentalidade conservadora. “Vejo que há coisas mais extremas no cinema e na televisão, inclusive cenas de violência brutal, mas ainda assim, quando há um conteúdo mais sexual, as pessoas muitas vezes se assustam e acham inapropriado”, afirmou.
Reação do público versus violência na mídia
Segundo Elordi, o universo audiovisual apresenta uma incidência muito maior de cenas que envolvem violência, crimes e mutilações do que de cenas com conteúdo sexual explícito. “Existe um paradoxo na nossa sociedade, onde violência é tolerada e até exibida abertamente, mas sexo ainda carrega um tabu pesado”, afirmou. Ele ressaltou que produções de sucesso, como documentários de crime, muitas vezes exibem conteúdo mais chocante do que a cena de “Saltburn”.
Reflexões sobre moralidade e liberdade artística
O ator também destacou que o que assusta as pessoas não deveria estar na cena, mas no fato de a cena ser apenas uma pequena mostra de uma ficção mais provocativa. “Na minha visão, essa reação exagerada revela uma hipocrisia cultural, uma resistência à nossa própria sexualidade”, ponderou. Para ele, os limites muitas vezes são impostos por uma sociedade que privilegia a violência e o sensacionalismo, enquanto se envergonha de exposições mais íntimas.
O impacto na narrativa e na liberdade criativa
Elordi encerrou sua análise dizendo que cenas consideradas “tabu” muitas vezes ajudam a desafiar padrões culturais e podem promover importantes debates sobre sexualidade e liberdade artística. “Acredito que a ficção deve explorar todos esses limites, para que possamos refletir e questionar a nossa própria moralidade”, concluiu.
A discussão gerada por “Saltburn” e pela postura do ator traz à tona um debate necessário sobre o papel da censura e do julgamento moral na era da representação audiovisual livre e diversificada. Como você encara cenas consideradas provocativas ou escandalosas? Compartilhe sua opinião nos comentários ou por meio do formulário anônimo.
