A Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu um alerta vermelho na madrugada deste sábado (8), prevendo condições severas de instabilidade na região, com rajadas de vento intensas que devem atingir Porto Alegre e áreas adjacentes. O órgão considera o risco “muito alto” de destelhamentos e recomenda que os moradores busquem abrigo ou se dirijam às unidades da Defesa Civil.
Impactos das instabilidades na região
De acordo com o comunicado, os maiores riscos estão previstos até às 6h30 da manhã, atribuídos ao ciclone que está afetando a área com rajadas de vento que podem ser bastante perigosas. A previsão meteorológica já indicava a possibilidade de ciclones atuando no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina desde quinta-feira (6), com expectativa de chuvas intensas e ventos fortes.
Na sexta-feira (7), Santa Catarina foi particularmente afetada, com pelo menos 64 mil residências tendo ficado sem energia elétrica às 18h30, conforme o painel da Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina). Municípios como Faxinal dos Guedes e Ponte Serrada registraram uma interrupção quase total no fornecimento de energia elétrica, atribuída aos ventos fortes e tempestades acompanhadas de descargas atmosféricas. A empresa informou que mais de 200 equipes estavam mobilizadas para restabelecer a energia.
Frente fria e suas consequências
Na sequência, espera-se que a frente fria avance pelo Brasil, provocando chuvas e ventanias em várias regiões, incluindo o Sul, Sudeste e Centro-Oeste, neste fim de semana. A Climatempo prevê que esse fenômeno pode causar temporais e rajadas de vento que em algumas áreas poderão ultrapassar os 100 km/h.
O movimento do ciclone deve se concentrar nas costas de Santa Catarina durante a madrugada do sábado, e ao longo do dia, avançará em direção aos litorais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Enquanto isso, as tempestades associadas a essa atividade climática devem continuar a afetar diversas regiões do Sudeste, mesmo após o ciclone se afastar.
Previsões sobre ventos e chuva
As rajadas mais intensas, que podem atingir acima dos 100 km/h, são esperadas principalmente no litoral sul e extremo sul de São Paulo. No entanto, espera-se que o litoral do Rio Grande do Sul, a Serra Gaúcha, e o litoral de Santa Catarina também experienciem ventos políticos significativos entre 81 km/h e 100 km/h. Outras áreas, como Triângulo Mineiro e o Espírito Santo, também poderão ser afetadas, com ventos variando entre 50 km/h e 80 km/h.
A Climatempo alerta ainda que as rajadas podem ocorrer com ou sem chuvas, devido à grande quantidade de nuvens cumulonimbus presentes na atmosfera, as quais são frequentemente associadas a tempestades severas. Tais formações podem provocar fenômenos como microexplosões e até tornados, colocando em risco a segurança e a infraestrutura das áreas afetadas.
Cuidados no litoral
O litoral do Sul e do Sudeste é onde o impacto dos ventos será mais severo. Na região de Florianópolis, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a madrugada e a manhã de sábado prometem ventos bastante fortes. À tarde, esses ventos devem seguir em direção ao litoral norte catarinense e ao Paraná, enquanto a intensidade diminuirá gradativamente no Rio Grande do Sul.
As autoridades locais, incluindo a Marinha do Brasil, já emitiram avisos de ressaca, válidos até 21h de domingo, com possibilidade de ondas de até 3,5 metros entre Rio Grande e Armação dos Búzios, o que pode acarretar riscos adicionais para portos e embarcações.
Ciclones extratropicais e suas características
Ciclones extratropicais e frentes frias são fenômenos meteorológicos comuns na América do Sul, especialmente nas partes sul da Argentina e do Chile. Em média, o Brasil é afetado por cinco a sete desses sistemas a cada mês. Porém, o ciclone que está se desenvolvendo neste fim de semana é notável por sua intensidade. Meteorologistas indicam que a pressão atmosférica em seu centro deve cair a valores abaixo de 1.000 hectopascais, um padrão perigoso que pode resultar em ventos intensos e tempestades severas.
As autoridades meteorológicas devem continuar a monitorar a situação e emitir novos avisos conforme a evolução das condições climáticas. A população é encorajada a seguir as orientações da Defesa Civil e a se manter informada para garantir a segurança durante esses eventos extremos.
