Brasil, 7 de dezembro de 2025
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Deputado derrite avança com projeto de combate ao crime organizado

O relator do Projeto Antifacção, Guilherme Derrite, descarta equiparação de facções a grupos terroristas para facilitar aprovação.

O deputado Guilherme Derrite (PL-SP), designado relator do Projeto Antifacção, está focado em transformar a iniciativa do governo em um verdadeiro “Marco Legal do Combate ao Crime Organizado no Brasil”. O projeto, que visa aumentar a severidade das penas para integrantes de facções criminosas e fortalecer o estado e forças policiais, tem como finalidade principal o enfrentamento à violência e a resposta a uma demanda crescente por segurança na sociedade brasileira.

Discursos na Câmara e a exclamação de Derrite

Nesta sexta-feira, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), formalizou a escolha de Derrite como relator em um momento em que a discussão sobre segurança pública se intensifica no país. A proposta do governo federal contempla penas que podem chegar a até 30 anos para membros de grupos criminosos, além de criar mecanismos que visam a asfixia financeira dessas organizações, levantando uma discussão forte sobre a eficácia de tais medidas.

Derrite, ao falar sobre sua nova missão, afirmou que está preparado para trabalhar em um texto que contemple mudanças importantes. Contudo, ele surpreendeu a oposição ao anunciar que não incluirá no relatório a equiparação das facções a grupos terroristas, uma das principais demandas. Ao evitar essa questão polêmica, a escolha do deputado parece ser uma estratégia para facilitar a aprovação da proposta pela Câmara.

Proposta do governo e suas implicações

O projeto enviado pelo governo busca elevar as penas para ações ligadas a facções criminosas e traz à baila a possibilidade de endurecer as condições de cumprimento de pena. O país atravessa um momento delicado em termos de segurança, e iniciativas como esta são vistas como tentativas do governo Lula de reafirmar sua posição sobre o enfrentamento à violência e, ao mesmo tempo, reforçar a imagem do presidente em uma possível reeleição.

Pontos de destaque no projeto

Derrite, que anteriormente se licenciou do governo de Tarcísio de Freitas para relatar uma proposta similar, apresentou uma lista de alterações que pretende incluir em seu relatório. Dentre os pontos que ele está considerando, estão:

  • Previsão de pena de 20 a 40 anos para condutas cometidas por membros de organizações criminosas, como domínio de cidades, novos estratégias de ataque, e ações violentas em geral.
  • Obrigatoriedade de cumprimento de pena em presídio de segurança máxima aos líderes das organizações criminosas;
  • Proibição de concessão de anistia e liberdade condicional para esses crimes;
  • Aumento da progressão de regime de 40% para até 85% em casos de reincidência com resultado morte.

Este conjunto de propostas gera debates acalorados acerca da eficácia da legislação e do impacto que terá na luta contra a criminalidade frequentemente associada à pobreza e à falta de oportunidades no Brasil.

A resposta à população e críticas do governo

Em suas postagens nas redes sociais, Derrite enfatizou a urgência de uma resposta efetiva ao “grito de socorro da população”, indicando que é necessário deixar disputas políticas de lado para se concentrar na segurança do cidadão. Sua postura pragmática mostra uma tentativa de unificar esforços legislativos em um momento crítico.

No entanto, a escolha de Derrite não foi bem recebida por todos os integrantes do governo. Fontes do GLOBO relataram que a decisão de Motta em apontá-lo como relator foi vista como “muito ruim”, considerando que o deputado é um crítico da política atual de segurança pública e um pré-candidato ao Senado.

Conclusão: um projeto em evolução

O Projeto Antifacção, sob a relatoria de Derrite, representa um dos esforços mais significativos da Câmara nesta legislatura para combater o crime organizado. Enquanto a discussão avança, a expectativa é de que os parlamentares se reúnam na próxima semana para avaliação — um sinal claro de que a segurança pública permanece no centro do debate nacional, à medida que o governo tenta atender às demandas de uma população sedenta por soluções eficazes.

Acompanhe as próximas atualizações sobre as questões de segurança pública e os desdobramentos do Projeto Antifacção, pois eles têm o potencial de moldar o futuro político e social do Brasil.

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