Brasil, 11 de novembro de 2025
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Mais de 40 milhões de brasileiros apostaram online nos últimos 12 meses

Levantamento aponta crescimento das apostas online, com impacto social, econômico e na saúde mental dos jogadores no país

Cerca de 40 milhões de consumidores brasileiros realizaram pelo menos uma aposta ou jogo online nos últimos 12 meses, revela pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Offerwise Pesquisas. Os dados mostram o aumento no interesse por apostas esportivas e jogos de cassino no país.

Perfil dos apostadores e principais motivações

De acordo com o levantamento, as apostas esportivas são as mais populares, com 54% dos apostadores, especialmente entre homens. Entre os jogos de cassino, destaque para slots (28%), roletas (22%) e caça-níqueis (20%). As principais motivações para começar a apostar são curiosidade (35%), o desejo de ganhar dinheiro de forma rápida e fácil (22%) e a busca por adrenalina ou diversão (22%).

Hábitos e gastos com apostas online

Quanto à frequência, 24% dos apostadores jogam semanalmente, enquanto 18% apostam duas a três vezes por semana. Outros 11% fazem apostas diárias. Em relação às formas de pagamento, o Pix é utilizado em 76% das transações, seguido pelo cartão de crédito (11%). O gasto médio mensal fica em R$ 187, aumentando para R$ 255 nas classes A e B.

Impactos sociais e econômicos

O levantamento revela que o crescimento das apostas online tem causado consequências preocupantes, como atrasos no pagamento de aluguel (13% dos inquilinos) e endividamento. Sobre o orçamento, 19% dos apostadores admitiram gastar valores que comprometeram sua renda, e 41% afirmaram abrir mão de consumos essenciais, como alimentação (15%), internet (12%) e supermercado (12%). Além disso, 17% deixaram de pagar contas e 29% tiveram o nome negativado por gastos com jogos online, com 17% ainda nessa situação.

Consequências e recomendações

Especialistas alertam para o crescimento descontrolado do setor, que contribui para o aumento do endividamento, problemas de saúde mental e dificuldades financeiras, incluindo o risco de insegurança habitacional. “É fundamental que a regulamentação do setor priorize a proteção do consumidor, especialmente jovens e famílias, com políticas de conscientização e limites mais rígidos na publicidade e nos métodos de pagamento”, destacou José César da Costa, presidente da CNDL. Fonte: O Globo

Questões de saúde mental e busca por ajuda

Outro dado alarmante é que 37% dos apostadores tentaram diminuir ou parar de apostar, mas não conseguiram. Apenas 21% buscaram apoio em igrejas, familiares ou profissionais de saúde mental, como médicos ou psicólogos. Ainda, 28% já consideraram ou recorreram a empréstimos, venda de bens ou adiantamentos para financiar suas apostas.

Perspectivas para o setor e necessidade de ações públicas

O aumento no número de apostadores e nas consequências sociais reforça a necessidade de regulamentação mais rígida, além de ações educativas e de combate ao vício em jogos. Conforme o levantamento, há uma demanda urgente por políticas públicas que promovam a conscientização, limitem a publicidade e ofereçam suporte psicológico para quem enfrenta problemas relacionados às apostas online.

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