Brasil, 15 de novembro de 2025
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O projeto de poder de Dick Cheney e seu impacto sob Trump

A busca de Cheney por ampliar o poder presidencial moldou políticas que hoje influenciam ações sem consulta ao Congresso, mesmo com Trump no comando

Durante o governo de George W. Bush, Dick Cheney trabalhou para fortalecer a autoridade do Executivo, muitas vezes agindo nos bastidores e desafiando limites constitucionais. Sua influência moldou uma era de maior unilateralismo, cujos efeitos continuam a repercutir nos mandatos de Donald Trump e a política americana atual.

O papel de Cheney na ampliação do poder presidencial

Como vice-presidente de Bush, Cheney controlou posições-chave no governo, nomeou aliados e defendeu uma expansão do poder Executivo. Sua trajetória inclui experiências sob Richard Nixon e Gerald Ford, onde observou o uso abusivo de poderes presidenciais, e posteriormente, atuou como Secretário de Defesa na Guerra do Golfo.

Após o 11 de Setembro, Cheney impulsionou ações audaciosas, como a invasão do Iraque baseada em informações contestadas sobre armas de destruição em massa. Ele também promoveu o uso de tortura e a vigilância em massa, ampliando a autoridade presidencial além dos limites tradicionais.

Desafios ao equilíbrio de poderes e legado sob Trump

Cheney, segundo o historiador Timothy Naftali, acreditava na necessidade de fortalecer a presidência, defendendo que o Congresso havia invadido essa esfera após Watergate e Vietnã. Hoje, com Trump à frente, observa-se que medidas semelhantes—como ações militares sem ampla aprovação legislativa—continuam a desafiar o equilíbrio constitucional.

Naftali relembra: “Um dos perigos do modelo de Cheney era a ideia de que alguém que não respeitasse a divisão de poderes poderia se aproveitar dessa autoridade.” Assim, o legado do ex-vice-presidente contribuiu para uma era de maior concentração de poder na figura do presidente.

O impacto da visão de Cheney na política contemporânea

Durante seu mandato, Cheney promoveu uma visão de liderança forte e, muitas vezes, unilateral. Hoje, suas estratégias e conceitos influenciam as ações de Trump, que também atua de forma autônoma e muitas vezes sem consultar o Congresso, incluindo decisões de guerra e política de segurança.

Especialistas alertam que o fortalecimento presidencial, impulsionado por figuras como Cheney, pode abrir espaço para abusos de poder. “Se o presidente entende que pode agir sem limites, isso pode comprometer a própria democracia”, alerta Naftali.

Perspectivas futuras

O legado de Cheney levanta questões sobre os limites do poder Executivo na política americana. Com Trump e outros líderes atuais, o debate sobre a divisão de poderes permanece central, refletindo os riscos de uma presidência excessivamente fortalecida.

A influência de Cheney reforça a necessidade de um controle mais efetivo do Congresso e do Judiciário, para evitar que a concentração de poder comprometa as instituições democráticas dos Estados Unidos.

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