Brasil, 7 de dezembro de 2025
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Bombeira ensina nova manobra de desengasgo e viraliza nas redes

A capitã do Corpo de Bombeiros do Espírito Santo, Carla Andresa, viralizou com vídeo que ensina a manobra para desengasgo infantil.

A técnica de desengasgo infantil ganhou destaque nas redes sociais através de um vídeo da capitã do Corpo de Bombeiros do Espírito Santo, Carla Andresa, que ensina como agir em situações de emergência. Com mais de 30 milhões de visualizações, o conteúdo traz duas simples manobras que podem salvar vidas, seguindo as novas diretrizes estabelecidas pela American Heart Association (AHA) e prometem aumentar a eficácia na desobstrução de vias aéreas de crianças.

Passo a passo para desengasgos

De acordo com a capitã, os novos métodos são diretrizes atualizadas que devem ser seguidas em casos de engasgo, tanto em crianças quanto em adultos. O vídeo demonstrativo foi realizado com sua filha, e consiste em:

Passo 1: Realizar cinco golpes dorsais firmes entre as escápulas.

Passo 2: Se a obstrução não for desfeita, fazer cinco compressões abdominais, anteriormente conhecida como manobra de Heimlich, agora chamada de compressões abdominais.

“Os últimos estudos mostraram que o golpe nas costas é efetivo, até mais do que as compressões abdominais”, explica Andresa, ressaltando a importância da sequência correta das manobras. Este mês, a AHA atualizou suas orientações de primeiros socorros, enfatizando a necessidade de aprender a nova abordagem para situações de engasgo.

Importância da técnica correta

Carla Andresa, que vem produzindo conteúdos educativos sobre primeiros socorros há algum tempo, ficou surpresa com a repercussão do vídeo. Em sua experiência, os feedbacks têm sido positivos, com pessoas relatando que conseguiram salvar vidas utilizando as técnicas que ela ensina. “Quanto mais eu compartilhar, mais vidas serão salvas”, afirma a capitã.

Ela ainda destaca um erro comum: quando as pessoas não agacham corretamente ao realizar a manobra, o que diminui a eficácia. Para bebês, o problema está em não inclinar a criança na hora de executar os movimentos, pois isso prejudica o uso da gravidade para expelir o objeto ou alimento que causou o engasgo.

Novas diretrizes da AHA

As modificações na manobra de desengasgo foram publicadas na revista científica Circulation, substituindo orientações de 2020. A nova abordagem, que deve ser seguida por socorristas e a população em geral, prioriza a alternância entre golpes nas costas e compressões abdominais. “O objetivo é aumentar a eficácia e reduzir o risco de lesões”, explica Ashish Panchal, médico da AHA.

Para bebês com menos de um ano, a nova recomendação é alternar cinco pancadas nas costas e cinco compressões torácicas, utilizando a base da palma da mão, até que o objeto seja expelido ou que o bebê perca a consciência. É importante notar que compressões abdominais são proibidas em crianças nessa faixa etária, pois podem causar danos a órgãos internos.

Flagrante de emergências respiratórias

As novas diretrizes surgem após a constatação de que quase 40% das paradas cardíacas infantis fora do hospital nos EUA são causadas por emergências respiratórias ou asfixia. As atualizações buscam simplificar treinamentos e aumentar a eficiência na resposta a tais situações, permitindo que os socorristas iniciem as manobras sem delay. Nos casos de engasgo, é crucial sempre buscar ajuda médica imediatamente através do SAMU (192).

A capitã Carla Andresa ressalta a importância de se informar e treinar sobre essas técnicas de primeiros socorros, enfatizando que uma simples manobra correta pode ser a diferença entre a vida e a morte de uma criança. E ao educar os responsáveis, a expectativa é de que mais vidas possam ser salvas no futuro.

As novas diretrizes incluem também:

  • Treinamento para crianças a partir dos 12 anos em RCP e uso de desfibriladores.
  • Um novo protocolo para casos de overdose, incluindo o uso público da naloxona.
  • Clampeamento do cordão umbilical em recém-nascidos saudáveis deve ser adiado por pelo menos 60 segundos.
  • Unificação de protocolos de sobrevivência para adultos e crianças em situações hospitalares e extra-hospitalares.

A difusão do conhecimento em primeiros socorros é essencial e pode salvar vidas, e essa é a missão que a capitã Andresa abraçou, alcançando um vasto público através das redes sociais e se tornando uma referência no assunto.

Para mais informações sobre as novas diretrizes, acesse o site da AHA ou consulte um profissional capacitado para formação em primeiros socorros.

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