< p >Representantes dos Estados Unidos e da China se reuniram em Kuala Lumpur neste sábado para uma nova rodada de conversas com o objetivo de apaziguar o impasse entre as duas maiores economias do mundo. As negociações aconteceram no Merdeka 118, o segundo prédio mais alto do mundo, e duraram cinco horas e meia, sem uma declaração pública oficial após o encontro.
Concessões de ambos os lados e expectativa de acordo
O porta-voz do Tesouro dos EUA afirmou que as negociações foram “muito construtivas” e que continuarão no domingo, sem fornecer detalhes adicionais. O vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, liderou a delegação chinesa ao lado de representantes de Comércio e do Ministério das Finanças. Do lado americano, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, comandou a equipe.
Trump destacou que há “muitas coisas para discutir” com o líder chinês Xi Jinping e que espera que ambos os lados façam concessões, embora não tenha certeza do sucesso. Ele afirmou que a guerra tarifária ainda é um obstáculo, evidenciado pela tarifa de 157% aplicada aos produtos chineses pelos EUA, que, segundo ele, não é sustentável para Pequim.
Perspectivas para a reunião entre Trump e Xi
A expectativa é que Trump se reúna com Xi na próxima semana, na Coreia do Sul, durante a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico. Essas conversas ocorrem em meio a uma situação delicada, pois o impasse comercial expira em 10 de novembro, podendo gerar uma nova rodada de tensões se não houver renovação do acordo temporário.
Trump também pretende estender a suspensão das tarifas mais altas sobre produtos chineses, condicionando esse gesto à retomada das compras de soja pelos chineses, ao combate ao uso do fentanil e à flexibilização nas restrições às exportações de terras-raras.
Consequências do conflito e impacto mundial
As ações de Washington e Pequim têm causado incerteza no comércio global. Os chineses responderam às restrições americanas com medidas paralelas, incluindo controles mais rigorosos à exportação de terras-raras e outros materiais críticos. Segundo o Ministério do Comércio chinês, as novas regulamentações visam garantir o comércio normal, apesar do clima de tensão.
Analistas avaliam que as negociações de domingo são cruciais para evitar uma escalada na guerra comercial, que prejudica países e mercados ao redor do mundo. Além disso, a instabilidade na relação entre as duas maiores economias impacta estratégias de investimentos e políticas econômicas globais, conforme apontado por especialistas no setor.
O ministro das Relações Exteriores da Malásia, Mohamad Hasan, manifestou esperança por uma resolução, ressaltando que uma solução “seria muito boa para o mundo todo e também para esta região”, embora reconheça que as expectativas sejam moderadas neste momento.
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