Na manhã deste sábado, 25 de outubro, o arcebispo Vitalii Kryvytskyi, líder da Igreja Católica na Ucrânia, teve a oportunidade de se encontrar com o Papa Leão XIV. Durante a audiência, o arcebispo compartilhou a dor e a fé do povo ucraniano, que há mais de três anos e oito meses enfrenta os horrores de uma guerra iniciada pela invasão russa. Com os ataques às cidades e infraestruturas ucranianas intensificados, Kryvytskyi pediu fervor nas orações e um apoio contínuo da comunidade internacional: “Peço de todo o coração que rezem com fervor, que intensifiquem esta oração que há anos se eleva ao Senhor, mas que hoje, talvez devido ao cansaço, se tornou menos evidente”, ressaltou.
Agradecimento e mensagem de esperança
Agradecendo o apoio contínuo do Vaticano ao povo ucraniano, o arcebispo mencionou a importância das mensagens de esperança e encorajamento que o Papa tem transmitido em suas homilias e aos cidadãos ucranianos durante estes tempos difíceis. Ele destacou a importância de ter o Papa como figura de apoio, especialmente em um momento em que a comunidade internacional ainda busca soluções para a crise. As palavras do Papa foram descritas como um bálsamo para as feridas de muitos: “Suas palavras de apoio foram para mim como as de um pai que sabe que podemos superar esta provação”, disse Kryvytskyi.
A situação em Kiev e a Bomberos da Igreja
Como bispo de Kiev, Kryvytskyi expressou a gravidade da situação na capital ucraniana, que enfrentou noites de intensos bombardeios e incêndios. “Foi muito importante para mim encontrar o Santo Padre, mesmo que apenas para perceber pessoalmente que o Papa está profundamente envolvido em nossa situação”, comentou. Ele também ressaltou que a função da Igreja durante este período é apoiar os fiéis, nutrindo-os com a palavra de Deus e sacrifícios, ao mesmo tempo em que oferece assistência aos que sofreram por conta da guerra.
Diplomacia suave e unidade religiosa
Kryvytskyi relembrou sua recente participação em uma delegação do Conselho Ucraniano de Igrejas e Organizações Religiosas em uma visita à Noruega, onde o foco foi unir diversas confissões religiosas para um trabalho de advocacy visando o apoio da comunidade internacional. A intenção foi não apenas apresentar a realidade da Ucrânia, mas também expressar gratidão a aqueles que ajudam. O arcebispo enfatizou que estas iniciativas demonstram a unidade entre diferentes crenças e a crescente importância do diálogo inter-religioso: “Esses encontros falam de unidade … e não nos envolvemos em discussões teológicas, mas sim em ecumenismo prático”, comentou Kryvytskyi.
O futuro da diocese e a chamada à oração
O arcebispo discorreu sobre como a Diocese de Kiev-Zhytomyr busca manter seus princípios centrais mesmo nas dificuldades atuais. Ele expressou a responsabilidade da Igreja de cuidar dos fiéis e oferecer suporte espiritual e emocional, especialmente na preparação para mais um inverno rigoroso. Kryvytskyi fez um apelo aos católicos do mundo, convidando-os a intensificar suas orações e a apoiar a Ucrânia: “Estou confiante de que, através da nossa comunhão, da oração e da unidade espiritual, Deus fará verdadeiramente mais”, acrescentou.
O encontro entre o arcebispo e o Papa, recheado de emoções e promessas de apoio, representa não apenas uma conexão religiosa, mas um chamado à solidariedade e à diplomacia em tempos de crise. Enquanto a Ucrânia enfrenta desafios sem precedentes, a mensagem de esperança e fé permanece firme, refletindo a resistência do povo ucraniano e sua busca por paz e justiça.
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