O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta sexta-feira (10) um novo modelo de crédito do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que amplia o limite de financiamento de imóveis de R$ 1,5 milhão para até R$ 2,25 milhões, utilizando recursos da poupança. A medida visa estimular o mercado imobiliário e beneficiar sobretudo a classe média.
Novo limite de financiamento e impacto na classe média
De acordo com o governo, o aumento do teto é uma demanda do setor da construção civil, que não tinha uma atualização desde 2018. O alvo principal é ampliar o acesso ao crédito para famílias com renda mensal de até R$ 12.500, consideradas classe média. Segundo ministros presentes no evento em São Paulo, a proposta pode gerar cerca de 80 mil novos financiamentos pela Caixa Econômica Federal com juros de até 12% ao ano, compatíveis com o orçamento dessas famílias.
Estratégia para aumento de recursos e estabilidade econômica
O ministro Fernando Haddad (Fazenda) destacou que o lançamento do novo crédito busca maximizar os recursos de poupança e financiar a casa própria de forma mais acessível. Segundo o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, essa iniciativa ajudará a resolver problemas estruturais do mercado imobiliário, aumentar a oferta de crédito e manter a estabilidade de preços, controlando a inflação.
Alternativas de financiamento e recursos do pré-sal
Haddad esclareceu que, anteriormente, houve tentativas de usar recursos do pré-sal ou baixar taxas pelo Banco Central, mas as soluções não avançaram. A decisão final foi utilizar os recursos da poupança, num esquema que inclui a liberação de até R$ 37,5 bilhões em recursos adicionais aos bancos para concessão de créditos. A liberação será progressiva, inicialmente por um período de cinco anos, podendo ser renovada.
Repercussões no mercado e perspectivas futuras
Segundo interlocutores do setor, a medida deve injetar pelo menos R$ 20 bilhões na economia através do aumento na concessão de crédito imobiliário, incentivando uma maior oferta de financiamentos de juros baixos. A expectativa é de que o novo modelo torne o financiamento mais acessível, ajudando a democratizar o sonho da casa própria para famílias de classe média.
O governo também anunciou que a implementação plena do novo sistema ocorrerá em 2027, após um período de testes que dura até o final de 2026. Além do impacto econômico, a iniciativa contribui para a ampliação do crédito habitacional no Brasil, alinhando-se às metas de crescimento econômico sustentado e inclusão social.
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