Brasil, 6 de novembro de 2025
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Filha do assassino BTK revela impacto de crescer com um serial killer

Documentário da Netflix estreia em 10 de outubro e retrata a vida de Kerri Rawson após descobrir que seu pai era o perigoso BTK killer

A Netflix lança em 10 de outubro o documentário My Father: The BTK Killer, que narra a história de Kerri Rawson, filha do notório assassino em série Dennis Rader, responsável por 10 mortes entre 1974 e 1991 na região de Wichita, Kansas. Rader foi preso em 2005 após uma longa investigação que o levou a confessar seus crimes.

O impacto de crescer com um criminoso brutal

Na documentarista, Rawson conta como foi sua infância marcada por um pai considerado um monstro, embora ele fosse visto como um pai comum por muitos ao redor. Rader usava o termo “bind, torture, kill” — amarrar, torturar, matar — em cartas enviadas à mídia local, buscando reconhecimento e incentivo para sua obsessão, o que lhe rendeu o apelido “o assassino BTK”.

Sua captura aconteceu após investigadores rastrearem um floppy disk enviado por Rader a uma TV local, que revelou sua identidade ao ser vinculado a uma igreja luterana onde ele tinha papel de liderança. Para aprofundar a investigação, os policiais coletaram o DNA de Rawson, obtido de um exame ginecológico realizado no hospital de Kansas, que confirmou sua conexão genética com o criminoso.

O choque de descobrir a verdade

Após a prisão de Rader, em fevereiro de 2005, Rawson tinha 26 anos e era professora substituta. Ela relembra o dia em que policiais chegaram à sua casa e questionaram se ela sabia que seu pai era o BTK Killer. “Estávamos comendo frango na KFC, e minha mãe comentou que parecia que meu pai tinha morrido e que estávamos nos reunindo após seu funeral”, relata.

Inicialmente, ela tentou manter a aparência de normalidade, dizendo às pessoas que era afastada de seu pai e que preferia evitar o assunto. Contudo, dentro de si, ela revela que “estava morrendo por dentro”, escondendo uma dor profunda que persistiu por quase uma década após sua prisão.

Reconstrução e nova missão

Na entrevista, Rawson fala sobre o duelo interno que enfrentou: “Não sei quem sou se toda minha vida foi uma mentira”. Com o tempo, ela transformou sua dor em propósito, ajudando as autoridades a localizar outras vítimas de Rader e participando ativamente de iniciativas para entender melhor o impacto de crimes tão brutais na vida das famílias.

A importância de enfrentar o trauma

O documentário, baseado também na autobiografia de Rawson lançada em 2019, inclui entrevistas com jornalistas e agentes da lei que acompanharam o caso. A história dela é um lembrete da resiliência das vítimas e das famílias que precisam lidar com um passado traumático para construir um futuro mais consciente.

Perspectivas futuras

De acordo com especialistas, a trajetória de Rawson evidencia como o reconhecimento e a aceitação podem ajudar na cura de vítimas de crimes complexos. O filme pretende ampliar o debate sobre o impacto psicológico de se conviver com um assassino em série na infância, além de incentivar a busca por justiça e compreensão.

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