A manhã desta quarta-feira (24) foi marcada por uma alta do dólar e uma leve valorização do Ibovespa, refletindo o otimismo do mercado diante de sinais de aproximação entre o Brasil e os Estados Unidos. Após discursos divergentes na Assembleia Geral da ONU, o destaque ficou para a revelação de que Lula e Trump se encontraram rapidamente nos bastidores, em clima amistoso, e cogitam uma reunião na próxima semana.
Convergência de discursos e sinais de diálogo
Durante a semana, Lula participa de atividades na ONU, incluindo o encontro “Em Defesa da Democracia”, e se prepara para uma coletiva de imprensa no fim do dia. Já Trump afirmou que terá uma reunião com o presidente brasileiro na próxima semana, estabelecimento uma pauta para retaliações econômicas e uma possível melhora nas relações bilaterais. “Eles concordaram em se encontrar na próxima semana”, afirmou uma fonte do governo brasileiro.
O mercado reagiu positivamente à possibilidade de maior proximidade entre Brasil e Estados Unidos, refletindo-se na alta do Ibovespa, que avançou mais de 1% após a divulgação da notícia, segundo analistas.
Influência no mercado financeiro
Câmbio e Bolsas
O dólar iniciou a sessão em alta, registrando aumento de 0,54%, cotado a R$ 5,3077 por volta das 10h05. O acumulado semanal do dólar é de -0,77%, enquanto o do mês caiu 2,63% e o do ano permanece em baixa de 14,57%. O Ibovespa, por sua vez, subia 0,08%, aos 146.541 pontos, acumulando uma alta de 21,73% no ano.
Mercados globais
Nos Estados Unidos, os principais índices também operaram em leve alta. Dow Jones subiu 0,16%, S&P 500 avançou 0,19%, e Nasdaq registrou alta de 0,37%. Na Europa, o movimento foi de queda, com o índice STOXX 600 recuando 0,27%, influenciado por declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, que afirmou que a Ucrânia tem condições de recuperar territórios ocupados pela Rússia.
O desempenho das bolsas asiáticas foi misto, com destaque para altas na China, Hong Kong e Tóquio, impulsionadas por ganhos do setor de tecnologia e sinais de melhora nas relações comerciais com os EUA. Na China, o Xangai Composite subiu 0,83%; em Hong Kong, o Hang Seng teve alta de 1,37%; e no Japão, o Nikkei avançou 0,30%.
Percepção de risco e cenário local
A cotação do dólar também reflete uma menor confiança na economia brasileira, influenciada pelos gastos e dívidas do governo. Apesar da alta do dólar, o mercado continua atento às negociações internacionais que podem impactar a economia local e o cenário político internacional.
Perspectivas futuras
Com sinalizações de diálogo entre Lula e Trump, analistas esperam uma menor tensão nas relações diplomáticas e uma possibilidade de melhorias nos investimentos estrangeiros. O governo brasileiro ainda não confirmou detalhes sobre a reunião, mas o otimismo se reflete nas expectativas do mercado para os próximos dias.
Assim, a semana ainda reserva movimentações importantes, com o mercado atento às próximas declarações e às atividades de Lula na ONU, que podem influenciar os rumos econômicos do Brasil e sua relação com os Estados Unidos.


