Dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) revelam que, em agosto, 9 dos 12 alimentos básicos apresentaram queda de preços, fazendo com que a cesta de alimentos recuasse 1,05%, passando de R$ 351,88 em julho para R$ 348,17. Essa redução interrompe uma sequência de altas e reflete tendência de alívio no bolso do consumidor.
Produtos com maior redução de preços
Entre os itens que registraram queda, destaque para o arroz (-2,61%), feijão (-2,30%), café torrado e moído (-2,17%), massa sêmola de espaguete (-0,78%), leite longa vida (-1,04%), carnes de cortes do dianteiro (-0,39%), farinha de mandioca (-1,98%), óleo de soja (-0,15%) e açúcar refinado (-0,67%).
Por outro lado, três produtos tiveram alta: margarina cremosa (+0,99%), farinha de trigo (+0,51%) e queijo muçarela (+0,13%).
Variação na cesta de 35 produtos
O índice que mede a variação de preços de 35 produtos de largo consumo também indicou retração de 1,06% em agosto, marcando o terceiro mês consecutivo de queda, após recuos de 0,43% em junho e 0,78% em julho. Assim, o valor médio da cesta caiu de R$ 813,44 em julho para R$ 804,85 em agosto.
Segmento de carnes e proteínas
No segmento de carnes, as principais quedas ocorreram no frango congelado (-1,45%), na carne bovina — cortes traseiro (-0,86%) e dianteiro (-0,39%). O único aumento foi no pernil (+0,76%). Os ovos também tiveram retração de preços (-1,66%).
Apesar da queda nos últimos meses, os preços das carnes permanecem elevados devido a fatores como estiagem, incêndios que afetaram pastagens, valorização do dólar que incentivou exportações e maior renda da população, conforme afirmou Marcio Milan, vice-presidente da Abras.
Perspectivas para o mercado
Para o restante do ano, a associação avalia que a entressafra do arroz pode conter o ritmo de queda dos preços, mas a quebra de 10% na segunda safra de feijão deverá limitar a oferta e manter os valores mais elevados.
Enquanto isso, os preços de proteínas continuam altos, com altas anuais de até 29,15% na carne bovina e 9,90% no frango congelado, refletindo uma inflação persistente, apesar da redução recente.
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