Em um movimento recente que reacende temores entre civis palestinos e familiares de reféns israelenses, Israel anunciou nesta sexta-feira que irá intensificar sua guerra de 22 meses contra o Hamas, com planos de tomar Gaza City. Essa decisão intensificou a pressão internacional para que o conflito cesse, dada a devastação que a guerra já causou na população de Gaza.
Impacto da operação em Gaza
De acordo com estimativas, as operações aéreas e terrestres de Israel resultaram na morte de dezenas de milhares de pessoas em Gaza e na devastação de vastas áreas do território. Atualmente, a maioria da população foi deslocada, e a situação humanitária se agrava a cada dia, com alertas sobre o risco iminente de fome. Embora a data exata do início da operação seja incerta, fontes governamentais indicam que ela será “gradual” e exigirá o mobilização de milhares de tropas.
Um oficial, que preferiu não ser identificado, mencionou que a operação pode exigir a evacuação forçada de civis, o que certamente agravaria a crise humanitária em Gaza. No entanto, a magnitude e o timing da ação militar permanecem indefinidos.
As tensões aumentaram ainda mais com a reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, que foi remarcada para o domingo, após a suspensão original devido ao sábado judaico. A missão do Panamá, que preside o Conselho este mês, não divulgou detalhes, mas a expectativa é de que Israel faça uma solicituação durante a reunião.
Reações e estratégias internacionais
Mediadores incluindo o Egito e o Qatar estão buscando um novo acordo que inclua a liberação de todos os reféns, vivos ou mortos, em troca do fim do conflito e da retirada das forças israelenses da Faixa de Gaza. A pronta resposta do Hamas à proposta israelense foi uma rejeição clara, com a afirmação de que a ampliação da agressão não será fácil.
Após a aprovação do plano por parte do gabinete de segurança de Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu delineou planos ainda mais abrangentes em uma entrevista, afirmando que o objetivo é controlar toda a Gaza. Atualmente, Israel já tem controle de aproximadamente três quartos do território.
Crescida pressão internacional sobre Israel
Países aliados de Israel, como França, Reino Unido e Canadá, intensificaram suas críticas à guerra, principalmente após relatos de condições de fome e sofrimento extremo na região. A Alemanha anunciou que não autorizaria a exportação de qualquer equipamento militar que pudesse ser usado em Gaza até novo aviso, aprofundando ainda mais a pressão internacional sobre o estado israelense.
Com o descontentamento crescentemente visível entre a população israelense, muitas famílias de reféns se uniram para exigir um cessar-fogo que possa levar à liberação de seus entes queridos. “Todos em Israel querem um acordo abrangente e o fim da guerra,” disse Einav Zangauker, mãe de um refém, em declaração recente.
Desafios humanitários em Gaza
Os desafios humanitários são imensos. As operações militares de Israel têm atingido Gaza City reiteradamente, sem uma resposta clara para os conflitos persistentes com militantes que se reorganizam continuamente. A cidade, que antes era um centro populacional vibrante, agora está repleta de destruição e desolação.
Umm Youssef, uma residente de Gaza City, compartilhou seu pesadelo após retornar à sua casa: “A área é um monte de escombros. Não há nada aqui para ser ocupado. Não há vida aqui.” Os relatos como esse têm sido frequentes, evidenciando a devastação severa que o território enfrenta.
Protestos e apelos pela paz
À medida que os dias passam, mais israelenses começam a se manifestar contra a guerra, clamando por uma mudança no status quo. As famílias de reféns estão liderando protestos, pedindo um cessar-fogo que possa facilitar a libertação de seus amados.
O caminho para a paz ainda parece distante, com um labirinto político complexo envolvendo várias partes interessadas e a dura realidade em Gaza sendo um dos principais obstáculos. À medida que o mundo observa, o desejo por um cessar-fogo e uma solução duradoura se torna cada vez mais urgente, em um cenário onde vidas continuam a ser perdidas e a comunidade global clama por ação.
___
Contribuições para esta história foram feitas por repórteres da Associated Press em várias partes do mundo. Para mais informações sobre a cobertura do conflito, acesse aqui.


