No último domingo (28/7), Brasília foi palco de um ato em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que ocorre em resposta à operação da Polícia Federal (PF) e às medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Superior Tribunal Federal (STF), na última sexta-feira (18/7). Entre as restrições, destaca-se o uso de tornozeleira eletrônica.
A mobilização em defesa de Bolsonaro
Intitulado “Brasília vai caminhar, pela Liberdade, pela Democracia e pela Verdade”, o ato foi convocado pela deputada federal Bia Kicis (PL-DF) e reuniu apoiadores na manhã de ontem, com concentração às 9h em frente ao Banco Central. Por volta das 10h, os manifestantes seguiram em direção ao Eixão Sul.
Além de Bia Kicis, marcaram presença no ato a senadora e ex-ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves (Republicanos-DF), que se juntaram aos apoiadores para demonstrar solidariedade a Bolsonaro neste momento considerado crítico por eles.
Expectativa e realidade de público
A organização do ato esperava cerca de 1.500 participantes, no entanto, o número de pessoas registradas pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi consideravelmente menor, contabilizando apenas cerca de 150 manifestantes em frente ao Banco Central. A discrepância entre as expectativas e a presença efetiva levanta questionamentos sobre o engajamento dos apoiadores, especialmente em um momento de tensão política.
“Nós queremos o fim do recesso. Não é possível que os deputados fiquem de férias”, discursou Bia Kicis durante o ato.
É importante lembrar que Jair Bolsonaro não pôde comparecer ao evento, devido às medidas restritivas que o impedem de deixar sua residência durante os fins de semana e de manter contato com seu filho, Eduardo Bolsonaro, que atualmente está nos Estados Unidos.
Medidas cautelares contra Bolsonaro
Entre as diversas medidas impostas a Jair Bolsonaro, destacam-se as seguintes:
- Uso de tornozeleira eletrônica;
- Proibição de contato com o filho Eduardo Bolsonaro;
- Proibição do uso de redes sociais;
- Impedimento de se ausentar da comarca;
- Recolhimento domiciliar no período noturno e integral nos finais de semana;
- Proibição de acesso aos locais sede das embaixadas;
- Proibição de contato com investigados, embaixadores ou qualquer autoridade estrangeira;
- Busca e apreensão.
Essas medidas acentuam o clima de perseguição política segundo os apoiadores, que veem as ações como um ataque direto à liberdade de expressão e ao direito de defesa do ex-presidente.
Repercussão nas redes sociais
Em sua conta nas redes sociais, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) compartilhou fotos do ato e comentou: “Manifestação espontânea agora em Brasília”, demonstrando apoio à mobilização de seus seguidores.
A situação atual de Jair Bolsonaro está provocando reações diversas na sociedade brasileira, e eventos como este ato em Brasília refletem a polarização e as intensas emoções que envolvem o ex-presidente e seus apoiadores. Enquanto isso, a oposição e aqueles que apoiam as ações do STF e da PF reiteram a necessidade de justiça e responsabilidade em relação às acusações que cercam o ex-chefe de Estado.
Com a política brasileira em constante ebulição, a defesa de Bolsonaro por seus aliados continua a ser um tema central na agenda do país.
É crucial que os brasileiros reflitam sobre o cenário atual e as implicações das ações de nossos líderes, enquanto o futuro político de Jair Bolsonaro e de sua família permanece incerto.