Brasil, 20 de julho de 2025
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Morre José Maria Marín, ex-presidente da CBF, aos 93 anos

José Maria Marín faleceu na madrugada de hoje em São Paulo, deixando um legado controverso no futebol brasileiro e mundial.

José Maria Marín, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), faleceu na madrugada desta quinta-feira, 20 de julho, em São Paulo, aos 93 anos. A informação foi confirmada pelo jornal O Globo e o velório está previsto para acontecer na capital paulista.

Um legado polêmico no futebol

Marín teve sua trajetória marcada por controvérsias e desafios. Ele assumiu a presidência da CBF em 2012, sucedendo Ricardo Teixeira, e permaneceu no cargo até 2014. Na sua gestão, o futebol brasileiro não apenas enfrentou vitórias, mas também crises, incluindo protestos sociais que refletiam a insatisfação do público com a administração do futebol no Brasil.

Antes de sua passagem pela CBF, Marín teve uma carreira diversificada como advogado e político, servindo como governador do Estado de São Paulo na década de 1980. Essa experiência política lhe deu uma base sólida, mas sua reputação foi fortemente abalada por sua condenação e prisão.

Controvérsias e prisão na Suíça

Além de suas contribuições para o futebol brasileiro, Marín é lembrado por sua controversa prisão em 2015, na Suíça, onde foi detido pelo FBI após ser acusado de envolvimento em um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro que envolvia a FIFA. Essa operação, conhecida como “FIFAgate”, resultou em diversos altos executivos do futebol ao redor do mundo sendo investigados e condenados.

Marín foi preso em Zurique, mas posteriormente transferido para os Estados Unidos. Devido ao seu estado de saúde, que havia se deteriorado após um acidente vascular cerebral (AVC) em 2023, ele foi liberado em 2020 para cumprir sua pena em casa no Brasil.

Reflexões sobre a carreira de Marín

A morte de José Maria Marín marca o fim de uma era de muitos altos e baixos para a CBF e para o esporte no Brasil. Seu legado, embora manchado por escândalos, também é uma parte importante da história do futebol brasileiro. Nos últimos anos, Marín passou a se distanciar do foco público, refletindo talvez sua tentativa de evitar novas controvérsias e reações ao legado que deixou.

A carreira de Marín levanta questões importantes sobre a governança do futebol e como a transparência deve ser promovida nas instituições esportivas. Sua passagem por cargos de liderança na FIFA também deixa lições sobre a importância da ética e da responsabilidade no esporte.

Com sua morte, muitos fãs e críticos do futebol brasileiro se perguntam como a gestão do esporte continuará a evoluir e quais medidas serão tomadas para garantir um ambiente mais limpo e transparente no futuro. A sociedade brasileira, que se emocionou e se uniu em torno do futebol, agora observa atentamente os próximos passos que a CBF e outras instituições esportivas tomarão à luz desses eventos.

Com isso, a figura de José Maria Marín, apesar de suas controvérsias, se torna um ponto de reflexão sobre o que o futuro reserva para o futebol e suas instituições no Brasil e no mundo.

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