Brasil, 20 de julho de 2025
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Alexandre Rodrigues celebra legado de ‘Cidade de Deus’ 20 anos depois

Após 20 anos, ator reflete sobre a importância do filme e seu impacto no cinema brasileiro.

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Mais de duas décadas depois do lançamento de “Cidade de Deus”, o ator Alexandre Rodrigues relembra o impacto que a obra teve em sua vida e no cinema nacional. O filme foi recentemente eleito pelo The New York Times como um dos 15 melhores da história do século, um reconhecimento que surpreendeu o ator e reafirmou a importância do cinema brasileiro no cenário internacional.

O impacto imensurável de ‘Cidade de Deus’

Alexandre Rodrigues, que interpretou o jovem protagonista Buscapé, destaca que o filme continua a surpreender a cada ano. “Cidade de Deus vem sempre com uma surpresa nova de tempos em tempos”, afirmou. O ator enfatiza que a produção não apenas marcou uma geração, mas também simboliza uma vitória para muitos atores e cineastas brasileiros que buscam reconhecimento no exterior. “Eu fico muito feliz porque o nosso cinema, nesses 20 anos para cá, tem ganhado validação internacional”, acrescentou Rodrigues.

No longa, Buscapé é um jovem que cresce em meio à violência da favela Cidade de Deus, buscando escapar de um destino incerto por meio de sua paixão pela fotografia. Para Rodrigues, o papel não apenas foi um marco em sua carreira, mas também ajudou a iluminar os talentos da periferia, mostrando que esses espaços são, antes de tudo, fontes de criatividade e potência cultural. “Temos artistas de qualidade aqui dentro. Além da capacidade, inteligência, roteiro, para fazer um cinema de qualidade”, comento ele.

A representação é crucial

O ator acredita que ‘Cidade de Deus’ ajudou a trazer uma nova perspectiva sobre as comunidades, oferecendo uma representação que muitas vezes faltou em produções anteriores. “Hoje entendemos que esse legado se faz muito forte, principalmente na Cidade de Deus, pela história ter saído dali”, observou. O impacto da obra vai além das fronteiras do Brasil e inspirou novas iniciativas culturais locais, como o grupo Arteiros, que emergiu do movimento AfroReggae.

Memórias e desafios após o sucesso

Com apenas 19 anos no momento da seleção para o icônico papel, Alexandre não imaginava a mudança radical que sua vida iria sofrer. “Foi uma mudança de vida completa. Eu não esperava ser o personagem principal de um filme que faria história”, disse ele sobre sua experiência. A consagração veio com o tempo, à medida que o filme ganhava notoriedade. “Não tem como falar da minha vida antes e depois de ‘Cidade de Deus’. Sou muito grato a Deus e às pessoas que acreditaram no meu talento”, acrescentou.

A adaptabilidade foi um ponto crucial para o ator, que decidiu investir na sua formação após o sucesso do filme, realizando cursos de teatro e técnicas cinematográficas. “Fui sim atrás de alguns cursos técnicos para ter mais desenvoltura com a câmera, com a luz”, contou. Com isso, ele passou a entender melhor as nuances da produção audiovisual, facilitando sua atuação.

Um novo reencontro com Buscapé

Recentemente, Rodrigues recebeu um convite para devolver à tela o personagem que o consagrou, sendo chamado por Fernando Meirelles para participar de uma série derivada de ‘Cidade de Deus’. Apesar da apreensão inicial em revisitar um filme tão emblemático, Alexandre encontrou uma nova conexão com Buscapé, agora com 45 anos, como ele mesmo.

“Já tenho essa expertise mais apurada no corpo, no olhar”, disse ele, refletindo sobre as experiências acumuladas ao longo dos anos. O ator menciona que as memórias do set e a troca com os colegas de elenco foram fundamentais para dar vida a esse novo momento na narrativa do personagem.

O legado para as futuras gerações

Por fim, Rodrigues expressou sua esperança de que produções como ‘Cidade de Deus’ incentivem novas gerações de artistas, especialmente aqueles oriundos de contextos mais modestos. “Foi a primeira vez que o cinema mostrou nós pretos como pessoas bonitas”, reforça ele. As referências que teve, como Zezé Motta e Ruth de Souza, são lembradas por Alexandre como fundamentais em sua jornada profissional, mostrando que o cinema pode e deve ser inclusivo.

A produção, cuja estreia aconteceu no Festival de Cannes, trouxe ao Brasil um reconhecimento internacional valioso, solidificando a posição do cinema brasileiro no cenário global. Com mais de 20 anos de trajetória, Alexandre Rodrigues continua a ser um símbolo da perseverança e da extraordinária capacidade artística que existe nas comunidades, mantendo viva a chama de ‘Cidade de Deus’ e seu legado.

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