Mark Zuckerberg, CEO da Meta, e outros altos executivos fecharam um acordo bilionário com acionistas do Facebook, na última quinta-feira (18), para encerrar uma ação judicial que questionava a responsabilidade da empresa por violações de privacidade. A ação, originada em 2018 após o escândalo da Cambridge Analytica, pedia US$ 8 bilhões em indenizações e ameaçava expor detalhes de bastidores do setor de tecnologia.
Detalhes do acordo e impacto na responsabilidade dos executivos
Segundo informações confirmadas por um advogado que representa os acionistas em audiência no Tribunal de Chancelaria de Delaware, os valores e condições do acordo ainda não foram divulgados oficialmente. Entre os réus estão Zuckerberg, ex-diretora de operações da Meta, Sheryl Sandberg, e nomes influentes como Peter Thiel, Marc Andreessen, Reed Hastings e Susan Desmond-Hellman.
A ação judicial foi movida após a revelação do uso indevido de dados de milhões de usuários por meio de aplicativos conectados à plataforma, o que violou o acordo firmado em 2012 com a Comissão Federal de Comércio (FTC). O pacto exigia à Meta a implementação de um programa robusto de proteção à privacidade, que, na visão dos acionistas, teria sido violado na prática.
Ataque à privacidade dos usuários e consequências legais
O escândalo da Cambridge Analytica, que revelou a coleta ilegal de dados com fins de manipulação política, levou o processo a uma escalada judicial. A Meta já havia sido multada em US$ 5 bilhões pela FTC em 2019, e enfrenta atualmente diversas ações semelhantes na União Europeia.
Durante as investigações, Sandberg chegou a ser sancionada por apagar e-mails que poderiam influenciar o julgamento, alegando que mensagens relevantes estavam preservadas por outros destinatários. A ação também envolveu figuras políticas, como Jeff Zients, ex-chefe de gabinete de Joe Biden, e Erskine Bowles, ex-assessor da Casa Branca na era Clinton.
Fortunas bilionárias e desafios regulatórios
Segundo a Forbes, Zuckerberg é atualmente a terceira pessoa mais rica do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 241 bilhões. Outros envolvidos no processo também figuram na lista de bilionários, como Thiel (US$ 23,2 bilhões), Andreessen (US$ 2 bilhões) e Hastings (US$ 6,8 bilhões).
O caso evidencia não apenas as fragilidades na governança corporativa da Meta, mas também o desafio de responsabilizar pessoalmente os altos executivos perante as obrigações regulatórias, mesmo diante de ordens e acordos firmados com órgãos fiscalizadores. A situação reforça a pressão por maior controle e transparência na proteção de dados em plataformas digitais.
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