Brasil, 19 de julho de 2025
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Relíquia de São Tomás More pode ser exumada em comemoração aos 500 anos

Relatório indica possibilidade de exumação do crânio de São Tomás More para celebrar seu quincentenário, em 2035, em Inglaterra.

A Igreja de St. Dunstan, em Canterbury, Inglaterra, avalia a possibilidade de exumar e conservar o crânio de São Tomás More para o seu 500º aniversário de martírio, que ocorrerá em 2035. A iniciativa visa reforçar a homenagem ao santo e promover o diálogo ecumênico entre católicos e anglicanos.

Plano para exumação do relicário de São Tomás More

A proposta ainda está em fase inicial, enquanto a paróquia busca autorizações formais junto às autoridades eclesiásticas. Sue Palmer, tesoureira da igreja, afirmou à CNA que o conselho acolhe a ideia e espera envolver a comunidade e o Vaticano no processo. “É uma oportunidade rara de diálogo entre as tradições cristãs,” afirmou.

Após a execução de More em 1535, seu crânio foi colocado em um espeto na Ponte de Londres, como aviso contra a contestação ao rei Henrique VIII. Posteriormente, sua filha, Margaret Roper, recuperou a cabeça e a sepultou na igreja de Canterbury, onde permanece até hoje.

Importância do relicário na atualidade

O relicário, atualmente localizado na tumba da família Roper em St. Dunstan, é considerado uma relíquia que pode ser disponibilizada para veneração pública. A igreja ressalta que a intenção não é expô-lo como uma peça de museu, mas preservá-lo com dignidade e respeito, mantendo o contexto religioso.

Segundo Palmer, há evidências sólidas de que partes do crânio de More permanecem na tumba da família Roper, que foi aberta várias vezes nas últimas décadas. “Em 1997, a última abertura, constatou-se a presença do crânio. Ainda que o corpo de More esteja no Pátio de São Pedro e Víncula, na Torre de Londres, sua localização exata é desconhecida,” explicou.

Processo de autorização e próximos passos

Para prosseguir, será necessário realizar estudos arqueológicos, obter as permissões formais do órgão diocesan e aguardar a decisão do comissário geral, responsável pela aprovação final. Palmer destacou que o processo será conduzido com transparência e respeito a todos os envolvidos.

A comunidade de Canterbury, diariamente visitada por fiéis e turistas, já demonstra interesse na preservação do relicário. Muitos desejam que o crânio seja exibido em uma relíquia acima do nível do solo, promovendo a veneração de forma digna.

Impactos do projeto ecumênico

Para a Igreja de Canterbury, a iniciativa reforça o papel de St. Dunstan como símbolo de diálogo ecumênico e cooperação cristã. Como afirmou Palmer, “a preservação e o possível reconhecimento do relicário representam uma ponte entre tradições e comunidades religiosas ao redor do mundo.”

A expectativa é que a exumação e conservação do crânio de More possam ocorrer dentro de cinco a dez anos, ampliando a compreensão sobre sua história e significado para fiéis de diversas denominações.

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