Na noite de quinta-feira (22), o apresentador Stephen Colbert voltou a criticar duramente o presidente Donald Trump, pouco após a CBS anunciar o cancelamento de seu programa, The Late Show. Sem esconder sua opinião, o humorista focou em temas sensíveis, como a saúde de Trump e seus vínculos com Jeffrey Epstein, o financiador condenado por crimes sexuais.
Colbert ataca Trump sobre saúde e Jeffrey Epstein
Durante sua monólogo, Colbert brincou com a aparência de Trump, mencionando que “sua pele parece estar caindo”. O apresentador também exibiu uma foto de uma mão do presidente, coberta por maquiagem, dizendo: “Isso é mais que corretivo, é fondant. Seu maquiador é o Cake Boss?”
O comediante sugeriu que essa discussão sobre a saúde do presidente pode estar servindo como uma cortina de fumaça para outro problema: os laços de Trump com Jeffrey Epstein. “Tenho certeza de que Trump prefere que falemos da mão dele do que de Epstein. Essa controvérsia está causando tanto transtorno que ele mandou colocar o assunto em uma cela, parou as câmeras por três minutos”, afirmou Colbert.
Repercussão do cancelamento do programa
Apesar de não ter abordado imediatamente a decisão da CBS de cancelar o programa, Colbert mencionou a questão posteriormente na transmissão. A emissora alegou motivos “puramente financeiros”, mas muitos interpretam que a decisão estaria relacionada às piadas do humorista sobre Trump e às críticas à Paramount, controladora do canal, por pagar US$ 16 milhões para resolver uma ação judicial contra o presidente.
Essa ação judicial foi parte de um contexto mais amplo, envolvendo a fusão entre Paramount e Skydance Media, que aguardam aprovação da Federal Communications Commission (FCC). Analistas apontam que a postura crítica de Colbert ao governo e a Trump pode ter contribuído para o fim do seu programa.
Repercussões políticas e mediáticas
O episódio reforça a tensão entre a liberdade de expressão na televisão americana e interesses corporativos. Colbert, conhecido por seu humor ácido, continua a usar seu espaço para criticar o mandatário, mesmo diante de censuras e pressões institucionais. Sua atitude reitera o papel do humor na política atual.
Esta notícia foi originalmente publicada pelo HuffPost, que acompanha de perto o cenário do entretenimento e política nos Estados Unidos.
