Brasil, 19 de julho de 2025
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Investigação após soldado ser filmado em treino sob bandeira MAGA

O exército dos EUA inicia investigação após vídeo de soldados sendo constrangidos sob uma bandeira MAGA em treinamento militar.

O Exército dos Estados Unidos enfrenta uma situação delicada após a divulgação de um vídeo em que um sargento instrutor se vê no centro de uma controvérsia. Na gravação, soldados em treinamento são filmados realizando exercícios sob uma bandeira que ostenta o lema “Esta é a país Ultra MAGA”, associado à campanha política do ex-presidente Donald Trump. A prática é contrária a várias normas militares que proíbem atividades políticas partidárias enquanto em uniforme e em propriedade federal.

Detalhes do incidente com o sargento

O Sargento da Reserva Thomas Mitchell, responsável por um grupo de soldados em Fort Benning, Geórgia, compartilhou o vídeo na plataforma TikTok na sexta-feira. Nele, os trainees aparecem fazendo flexões e burpees com armaduras completas, sob o olhar do emblema político. O vídeo foi rapidamente removido, mas Mitchell postou uma segunda gravação do mesmo local, desta vez sem a bandeira, com a legenda provocativa: “Chorem sobre isso”.

Posição oficial do Exército

A oficial de comunicação do Exército dos EUA, Jennifer Gunn, enfatizou que o Exército é uma instituição apolítica. “A exibição de materiais políticos partidários em instalações governamentais, incluindo áreas de treinamento, é proibida sob a regulamentação do Exército”, informou Gunn em um comunicado. “Investigaremos o caso e tomaremos as medidas necessárias para garantir o cumprimento das normas de conduta e manter um ambiente livre de influências políticas.”

Normas para a atuação militar

Desde sempre, as normas dentro das forças armadas dos EUA exigem que o Exército atue como uma instituição não-partidária. Regulamentos do Departamento de Defesa proíbem a exibição de bandeiras políticas e outros itens que possam comprometer a imparcialidade do Exército. É importante destacar que embora os soldados possam votar e se engajar em atividades políticas como cidadãos privados, suas ações devem ser restritas enquanto estão em serviço ou em uniforme para garantir a coesão da unidade.

Implications for military neutrality

A incidentes como este não são novos. Eles ressurgem especialmente em momentos em que a política torna-se mais polarizada. Um mês antes do incidente de Mitchell, Trump esteve em Fort Bragg, Carolina do Norte, onde fez um discurso que recebeu vaias quando mencionou adversários políticos. Essas ações, tipicamente, são restringidas para evitar descontentamentos entre os membros das forças armadas.

O Secretário de Defesa, Pete Hegseth, que assumiu o cargo promovendo uma agenda que apela para os valores da era Trump, também tem sido criticado por sua postura. Ele se posicionou como defensor da apoliticidade no Exército, mas também expôs um viés em suas políticas ao desmantelar o que considera “ideologia woke” dentro das fileiras.

A continuidade da investigação

A investigação em curso será crucial para que as autoridades do Exército se manifestem sobre as consequências que ações como as de Mitchell poderão ter nas relações dentro das tropas e na preservação da integridade das instituições militares. Enquanto isto, o debate sobre a politicização do Exército se intensifica, com muitos questionando onde estão os limites entre o dever cívico e o dever militar.

Através desse caso, a necessidade de um espaço político livre de influência nas armadas do país ressurge, lembrando a todos que a função do Exército deve sempre ser a proteção da nação, e não a promoção de agendas políticas.

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