Brasil, 19 de julho de 2025
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Clube da Viola: a história do movimento que deu origem ao sertanejo universitário

Entenda como o Clube da Viola revolucionou a música sertaneja e influenciou gerações no Brasil.

No coração de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, um grupo de amigos deu início a um movimento que mudaria o cenário da música sertaneja nos anos 1990. O Clube da Viola surgiu em um contexto onde grandes nomes como Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo e Zezé Di Camargo & Luciano dominavam as paradas, trazendo uma nova proposta musical que reverberaria por todo o país. Este grupo, a princípio responsável por pequenos encontros em um bar para tocar modas de viola, tornou-se um marco, pavimentando o caminho para o que conhecemos hoje como sertanejo universitário.

O surgimento do Clube da Viola

Em 1994, a visão do empresário Matheus Calil e das duplas Fred & Pedrito se uniu ao desejo de popularizar o sertanejo entre os jovens. O evento “Terçaneja”, que oferecia um ambiente descontraído, logo ganhou notoriedade, atraindo uma vasta audiência. A ideia era simples, mas inovadora: dar uma nova roupagem à música sertaneja, tornando-a mais acessível e atraente para as novas gerações.

“É o pioneirismo da música universitária. É quando a música sertaneja saiu de algumas bolhas de alguns públicos e penetrou em todas as classes sociais”, comenta Calil. Ele enfatiza que o Clube da Viola foi responsável pela ampliação do sertanejo, servindo como uma ponte entre a tradição e a modernidade do gênero.

A propagação do movimento pelo Brasil

Com a proposta de descontração e inclusão, o Clube da Viola não ficou restrito a Ribeirão Preto. O movimento se espalhou rapidamente pelo estado de São Paulo e, em seguida, por Minas Gerais e Goiás. Os jovens começaram a frequentar festas universitárias, onde o sertanejo se tornava a trilha sonora das celebrações. Essa nova abordagem fez com que canções se tornassem populares, mesmo em uma época onde as redes sociais e o streaming ainda eram uma realidade distante.

A relevância do Clube da Viola pode ser medida pelo sucesso de seus álbuns. O “Clube da Viola Vol. 2”, lançado em 1999 pelo selo Warner, conquistou o disco de ouro, vendendo 100 mil cópias em um Brasil onde a pirataria já apresentava desafios. As músicas alcançaram programas de TV de grande audiência, solidificando seu legado.

Nostalgia e a celebração de 30 anos

O movimento que começou com um simples grupo de amigos se moldou ao longo dos anos, proporcionando ao país convites aos artistas que hoje são ícones no cenário sertanejo. Para celebrar essa trajetória, no dia 15 de julho de 2025, as duplas que fazem parte do Clube da Viola se reuniram novamente em Ribeirão Preto. O evento culminou na gravação do DVD “Clube da Viola 30 Anos” na Fazenda Santa Candida, um marco que relembra a importância do movimento.

O cantor Pedrito, também fundado da iniciativa, destaca a relevância deste reencontro. “É importante mostrar para a nova geração que o que estamos fazendo hoje se originou de um legado que começou há 30 anos. A música evolui, mas suas raízes são fundamentais”, afirma.

O futuro do Clube da Viola

O sucesso da gravação de 30 anos do Clube da Viola vem com a promessa de uma turnê de 50 shows, levando mais uma vez a essência do sertanejo universitário para cidades do interior do Brasil até 2026. A participação especial de artistas como Lourenço & Lourival, Maria Cecília & Rodolfo, e Jonh Bosco & Vinicius, trás um brilho especial a essa nova fase.

A história do Clube da Viola é um poderoso testemunho de como a música sertaneja, ao se renovar e se adaptar aos novos tempos, continua a deixar sua marca no coração dos brasileiros. O movimento não somente influenciou uma geração, mas também mais outras que se seguiram, provando que a música tem o incrível poder de unir pessoas e contar histórias ao longo das décadas.

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