Brasil, 19 de julho de 2025
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Brasil mantém foco na negociação sobre tarifas com EUA, nega controle de dividendos

Ao aumento das tensões com os Estados Unidos, Brasil reafirma prioridade na negociação de tarifas e descarta controle de dividendos

O governo brasileiro, liderado pelo Ministério da Fazenda, reafirmou nesta sábado (19) que continuará priorizando negociações para reduzir as tarifas impostas pelos Estados Unidos às importações brasileiras. Apesar do acirramento da tensão diplomática, o ministro Fernando Haddad descartou a possibilidade de limitar remessas de dividendos de empresas americanas no Brasil, negando rumores sobre medidas mais rigorosas de controle.

Foco na negociação das tarifas de Washington

Segundo o Ministério da Fazenda, há espaço para diálogo com os EUA, especialmente em relação à tarifa de 50% que Washington entrou em vigor em 1º de agosto. “Ainda avaliamos possibilidades para resolver a questão de forma negociada, sem medidas de retaliação mais drásticas”, afirmou Haddad em publicação nas redes sociais. A configuração do cenário atual mostra a intenção de manter a postura diplomática mesmo com a escalada de tensões.

Desmentido sobre controle de dividendos

O ministro Haddad reforçou que o governo brasileiro não está considerando a adoção de medidas mais restritivas, como a limitação de remessas de dividendos de empresas norte-americanas que atuam no país. “Não há avaliação nesse sentido no momento”, afirmou a pasta, destacando que a prioridade é a negociação direta para evitar represálias comerciais.

Reações e posicionamentos internacionais

Na sexta-feira, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou a revogação de vistos de entrada nos EUA para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo Alexandre de Moraes, e outros magistrados brasileiros, como medida de retaliação às recentes ações judiciais do Brasil contra ex-presidentes e aliados de Bolsonaro.

“A iniciativa de Rubio foi justificada pelo próprio secretário como uma resposta às ações judiciais brasileiras que, na visão dos EUA, ameaçam liberdade de expressão e autonomia judicial”, explica a análise de especialistas. O vice-presidente e ministro da Economia, Geraldo Alckmin, afirmou que a operação contra Bolsonaro “não deve afetar as negociações tarifárias”, reforçando a separação de poderes como princípio fundamental do Estado de Direito.

Perspectivas futuras

Enquanto os governos buscam caminhos diplomáticos, aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticaram a revogação de vistos e consideraram a medida uma postura desrespeitosa por parte dos EUA. Lula classificou como “inaceitável” a revogação de vistos do ministro do STF e de outros magistrados, indicando que o governo continuará a defender uma postura firme na diplomacia.

O diálogo sobre possíveis medidas tributárias, como uma Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre empresas de tecnologia, permanece na pauta do governo brasileiro, que procura alternativas para fortalecer sua soberania econômica sem prejudicar relações internacionais.

Mais detalhes sobre o atual cenário de tensões e estratégias de negociação podem ser acompanhados na matéria do Globo.

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