De acordo com uma fonte familiarizada com o assunto, a gigante de private equity cedeu sua possível fatia no negócio para os demais investidores do consórcio, que inclui a Oracle, a Andreessen Horowitz e a General Atlantic. A mudança ocorre em meio ao contexto de tensões políticas e regulatórias envolvendo a plataforma chinesa ByteDance.
Questões regulatórias dos EUA e venda do TikTok
O governo americano reforçou sua postura contra o TikTok ao aprovar uma lei em 2024 que exige a venda ou o encerramento das operações da rede social no país, devido a suspeitas relacionadas à segurança nacional. Essas preocupações incluem o acesso de autoridades chinesas aos dados dos usuários americanos e possíveis influências no algoritmo da plataforma, embora não tenham sido apresentadas provas concretas.
Desde a assinatura de uma ordem executiva por Donald Trump, o prazo para a realização da venda foi estendido várias vezes, sendo a mais recente até 17 de setembro de 2025, quando a operação deve se concretizar, segundo decreto presidencial.
Negociações e possíveis desfechos
Segundo informações da Bloomberg News, Trump afirmou ter identificado um comprador que garantiria a continuidade do TikTok nos EUA, separado da ByteDance. O consórcio ao qual a Blackstone pertencia seria o principal interessado nessa operação, com uma proposta que previa a reestruturação do capital e aumento da participação de investidores não chineses de 60% para 80%, mantendo a ByteDance com 20%.
O modelo de acordo, cuja proposta foi articulada já em abril, previa a saída da ByteDance da operação americana, com a presença do grupo de tecnologia Oracle, responsável pela hospedagem dos dados nos EUA, e de investidores como Blackstone ou Michael Dell. Contudo, tarifas comerciais impostas pelos EUA, especialmente a China, dificultaram a conclusão do negócio, bloqueando sua realização até o momento.
Perspectivas futuras
Ainda sem um desfecho definido, o cenário político e as sanções comerciais continuam influenciando a venda do TikTok nos Estados Unidos. A retirada da Blackstone do consórcio reflete a complexidade do processo, que depende de negociações políticas e regulatórias para ser concluído.
Para mais detalhes sobre o andamento dessa operação, acesse a matéria publicada pelo Globo.