O bispo William Shomali, vigário geral do Patriarcado Latino de Jerusalém, alertou nesta semana sobre o forte impacto emocional e moral causado pelo bombardeio da única igreja católica em Gaza. A ação, ocorrida em 17 de julho, deixou três mortos e nove feridos, entre eles o padre Gabriel Romanelli, gerando grande inquietação na comunidade cristã da região.
O impacto do ataque e a busca por proteção
O bombardeio, realizado pelo Exército de Israel, foi parcialmente reconhecido por militares, que afirmaram que a destruição ocorreu por acidente, devido a fragmentos de uma granada disparada durante operações na área. No entanto, o cardeal Pierbattista Pizzaballa sugeriu que a ação poderia ter sido intencional, já que todos em Gaza parecem acreditar que não se tratou de um erro. A comunidade cristã vive com medo e tristeza diante da violência contínua.
Após o ataque, representantes do clero, incluindo o Patriarca Grego-Ortodoxo Theophilos III, visitaram Gaza para oferecer apoio espiritual e moral aos fiéis, além de levar ajuda material. “Nossa presença visa dar esperança e solidariedade a uma comunidade profundamente atingida”, comentou Shomali.
Clima de tensão e respostas internacionais
Durante entrevista ao “EWTN News In Depth”, Shomali revelou que um dos feridos, atendido em Jerusalém, está em recuperação. Segundo ele, o papa Francisco, que mantém uma relação próxima com a comunidade de Gaza, enviou uma mensagem de solidariedade e pediu orações pelo fim do conflito. Também houve uma ligação do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, com o Papa, reforçando a busca por um cessar-fogo.
Conflito na Cisjordânia e presença de colonos
O bispo destacou ainda a complexidade da situação na Cisjordânia, onde moradores cristãos lidam com invasões frequentes por colonos israelenses que tentam ampliar assentamentos. “Estamos vivendo uma verdadeira guerra ideológica, com discursos que consideram toda a terra como deles, o que dificulta qualquer perspectiva de paz”, explicou Shomali.
Perspectivas de paz e esperança espiritual
Embora a violência persista, a presença do papa e a atenção internacional representam uma esperança de que medidas humanitárias e diplomáticas possam diminuir a tensão na região. Shomali reforçou a importância de dialogar e buscar caminhos de reconciliação, especialmente para proteger a comunidade cristã que vive sob risco constante.
Para saber mais sobre a situação em Gaza, acesse o artigo completo na CNA.