Brasil, 19 de julho de 2025
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A importância da hospitalidade na liturgia cristã

Reflexões sobre a acolhida à Palavra de Deus e o ensinamento de Abraão e Maria.

Em um mundo cada vez mais apressado, a hospitalidade se destaca como uma virtude essencial na vivência cristã. A liturgia deste domingo nos convida a refletir sobre a importância de acolher a Palavra de Deus, à semelhança de Abraão e Maria. No coração dessa mensagem, está a prática de ouvir e servir, permitindo que a Palavra encarnada ressoe em nossos gestos.

O valor da hospitalidade na narrativa bíblica

A liturgia de hoje aborda a hospitalidade, presente tanto na primeira leitura, que narra a visita de Deus a Abraão e Sara, quanto no Evangelho, onde Jesus visita a família de Betânia – Lázaro, Marta e Maria. Ambas as passagens nos mostram que Deus deseja ser acolhido em nossas vidas, assim como um amigo que chega à nossa porta.

Na primeira leitura, vemos Abraão, que, sem saber, acolhe Deus. Ele recebe três homens que simbolizam a presença divina e, com generosidade, oferece o melhor que pode. O calor do dia não impede que ele se levante de seu descanso para atender aos visitantes, trazendo água para lavar os pés e preparando um banquete. Essa atitude ilustra um profundo ensinamento: a hospitalidade é um reflexo da nossa fé.

Reflexões sobre o encontro com Deus

O relato destaca que, ao acolher os visitantes, Abraão demonstra uma atitude de servir. Ele não se senta, mas permanece de pé, mostrando disponibilidade e respeito. Sua prontidão em oferecer o que há de melhor simboliza a abertura do coração para a ação divina. Além disso, a promessa de um filho para Abraão e Sara reafirma a importância da confiança nas promessas de Deus, mesmo quando parecem impossíveis.

A lição de Marta e Maria

Já na narrativa do Evangelho, encontramos o contraste entre Marta e Maria. Enquanto Marta se preocupa com as tarefas domésticas e a preparação da refeição, Maria escolhe escutar Jesus, valorizando a Palavra. A crítica feita por Jesus a Marta não está no ato de servir, mas na preocupação excessiva que a impede de estar no momento presente. A escuta ativa é destacada como uma escolha mais sábia, uma atitude que direciona nossos corações e mentes para o que verdadeiramente importa.

A situação revela uma dinâmica comum em nossas vidas: a agitação do cotidiano e a necessidade de desacelerar para ouvir a voz de Deus. Assim como Marta, muitas vezes nos perdemos nas obrigações, esquecendo-nos da importância de nutrir nosso espírito com a Palavra.

A acolhida da Palavra de Deus como um caminho de felicidade

A reflexão nos convida a entender que a verdadeira acolhida começa com a disposição de ouvir a Palavra e deixá-la moldar nossas ações. Ser hospitaleiro não se limita a receber pessoas em nossas casas, mas envolve uma abertura genuína para Deus e para os outros. A Palavra de Deus deve ter um lugar central em nossas vidas, e é através da escuta e do serviço que conseguimos vivê-la plenamente.

Seremos mais felizes se seguirmos o exemplo de Abraão e Maria, acolhendo a Palavra em suas duas dimensões: escutar e servir. Nesse processo, encontramos um sentido maior para nossas ações e aprendemos a deixar que a luz da Palavra brilhe através de nossos comportamentos, assim como fez Maria de Nazaré, que aceitou a missão de trazer o Verbo ao mundo.

Ao final, a hospitalidade e a acolhida da Palavra se entrelaçam, formando uma rede que nos conecta a Deus e aos outros. Assim, da mesma forma que Maria, que guardava tudo em seu coração, somos chamados a conservar a mensagem divina e permitir que ela nos transforme por dentro. Ao cultivar essa prática, não apenas enriquecemos nossas vidas espirituais, mas também nos tornamos instrumentos de paz e amor em um mundo que clama por acolhimento.

Portanto, que possamos acolher a Palavra de Deus com as mãos e corações abertos, permitindo que sua luz resplandeça em nossas vidas e nas vidas daqueles que nos cercam.

Para mais informações e reflexões sobre a liturgia, acesse o site do Vatican News.

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