A segunda temporada de “Andor” não poupou críticas políticas, aprofundando-se na temática do fascismo, controle da narrativa e opressão. Muitas cenas parecem espelhar a situação política contemporânea nos Estados Unidos, onde tensões, silenciamentos e manipulação de informações ameaçam a democracia.
Discurso de Mon Mothma e o silêncio da brutalidade
O discurso apaixonado de Mon Mothma sobre genocídio — que remete às atuais atrocidades na Palestina — revelou como discursos éticos ainda enfrentam hostilidade e censura, como aconteceu na Universidade de MIT, onde estudantes protestaram contra a injustiça de Israel, sendo rejeitados com boos e saídas em massa (Fonte).
Na série, o momento em que a federação imperial interrompe a transmissão de Mon exemplifica como regimes autoritários funcionam: silenciar fatos e criar um ambiente de negação da verdade, prática comum na política moderna, principalmente na extrema-direita, que alimenta fake news e desinformação (Fonte).
A diferença entre elites e o povo
O contraste entre a vida luxuosa dos políticos que apoiam a rebelião e os pobres à beira do conflito evidencia como as classes differentes vivem suas disputas de poder. Mesmo em resistência, os poderosos retornam às suas vidas confortáveis, enquanto os que lutam continuam na luta pela sobrevivência, refletindo a desconexão no Brasil e nos EUA.
Extremismo e o papel do heroísmo
Uma citação marcante de Saw Guerrera — “Revolução não é pra quem tem sanidade” — mostra o quanto o extremismo é parte da luta contra a opressão. Assim como líderes históricos de direitos civis ou movimentos anti-sistema, esses personagens são frequentemente considerados loucos, embora representem a coragem necessária para confrontar regimes autoritários (Lucas comparou rebeldes às guerrilhas vietnamitas).
Politização e silêncio dos representantes
Outro paralelo é a relutância de políticos em desafiar o sistema, como a conversa de Mon com outros senadores que dizem “você está sozinha”. Essa atitude reflete a falta de coragem de muitos representantes americanos em defender seus eleitores, por medo de perder privilégios ou sofrer represálias, deixando assim os cidadãos desamparados.
Colônia e desigualdade na mídia
O episódio do massacre de Ghorman, que recebeu mais atenção que o episódio de Ferrix na primeira temporada, traz à tona a desigualdade midiática — uma realidade que também se vê nos conflitos entre Ucrânia e Palestina, onde interesses econômicos ou políticos moldam a cobertura jornalística (Fonte).
Manipulação da narrativa e propagandas
O controle imperial sobre a história e a manipulação de informações reforçam como regimes autoritários usam a mídia e a propaganda para manter o poder, um fator que, nos EUA e outros países, tem se mostrado cada vez mais presente com o fortalecimento de notícias tendenciosas e desinformação.
Violência institucional e violação dos direitos humanos
As cenas de agressões contra imigrantes, incluindo o ato de tentativa de estupro de Bix, ilustram o uso de violência por regimes que veem as pessoas como obstáculos. Hoje, imagens de agentes de imigração armados e disfarçados representam uma realidade de políticas migratórias cada vez mais brutais e autoritárias (Fonte).
Propaganda e perda da liberdade de imprensa
O fechamento de espaços de imprensa, como a restrição à cobertura do White House pela AP News, remete ao modo como o governo de hoje tenta controlar informações, criando um ambiente de comunicação controlada e desinformação, ameaçando a democracia.
Repressão e medo na sociedade
As ações de forças militares e policiais nas ruas — como as operações do ICE e da Guarda Nacional — representam a escalada de táticas intimidatórias usadas pelos regimes autoritários atuais para silenciar e controlar a população (Fonte).
A obsessão por ordem e segurança
Símbolos de fascismo como Cyril Karn, que busca segurança e ordem a qualquer custo, espelham lideranças atuais que priorizam o controle de perto, mesmo que isso signifique violar direitos humanos. Esse comportamento é semelhante ao que muitos líderes de regimes autoritários vêm adotando recentemente (Fonte).
Pedido de ajuda e o silêncio international
A cena final de Ghorman, com um apelo desesperado sem resposta, é um lamento universal. Essa situação reflete o silêncio internacional diante de crises humanitárias, como a Palestina, onde muitos pedidos de socorro de grupos vulneráveis permanecem ignorados, reforçando a sensação de impotência.
Autocracia e o fim de líderes
Na série, a queda de personagens imperialistas como Dedra e Patagaz lembra o quanto regimes autoritários tendem a se autodestruir ou se voltar uns contra os outros. A alta rotatividade nos governos norte-americanos, com muitas expulsões e troca de líderes, também evidencia um sistema instável e propenso a crises internas (Fonte).
Depois de assistir a “Andor” temporada 2, fica a reflexão: até que ponto o fascismo e o autoritarismo estão se fortalecendo em nossas sociedades? Quais lições podemos tirar desse paralelo? Compartilhe sua opinião nos comentários!