O ex-presidente Donald Trump voltou a envolver figuras como Obama, Biden e o ex-diretor do FBI James Comey na controvérsia sobre os arquivos relacionados ao financier Jeffrey Epstein. Durante entrevista, Trump afirmou que partes das investigações foram “fabricadas” por seus opositores políticos, alimentando a teia de suspeitas em torno do caso.
Trump relaciona Obama e Biden às controvérsias do caso Epstein
Questionado sobre o caso Epstein, que voltou à tona após a divulgação de documentos sigilosos, Trump alegou que os arquivos foram “criados” por políticos de seus adversários, incluindo Obama e Biden. “E eu diria que essas papéis foram feitos por Comey, por Obama, pelo Biden. Nós passamos anos com essa história da Russia, Russia, Russia, e agora isso”, afirmou o ex-presidente.
Transparência limitada e questões não respondidas
Apesar de prometer maior transparência, o governo de Trump não esclareceu as alegações mais sérias contra Epstein, cujo envolvimento com redes de abuso sexual e tráfico de menores permanece sob investigação. Procuradores e funcionários — incluindo a procuradora geral Pam Bondi e o diretor do FBI, Kash Patel — prometeram liberar informações, mas sem detalhes concretos.
Trump justificou a postura dizendo que a liberação dependerá da “credibilidade” do material, ressaltando a desconfiança que tomou conta do tema. “Se é confiável, ela deve divulgar”, afirmou, referindo-se à responsável pelas investigações.
Amizade e distanciamento de Epstein
Epstein se tornou alvo de investigação em 2019, após acusações de tráfico sexual de menores. Trump, que mantinha relacionamento com o financista há anos, revelou, em 2019, que tinha tido uma “queda de contato” com Epstein há mais de 15 anos, distanciando-se do ex-amigo.
“Ele era uma figura em Palm Beach, eu parei de falar com ele há muito tempo. Não sou mais fã”, declarou na ocasião. Trump também já chamou Epstein de “cara ótimo” em uma perfil de 2002, antes de as acusações virarem pública.
Respostas evasivas e o impacto na política
Durante entrevista, Trump elogiou a atuação da procuradora Bondi, dizendo que ela “fez um bom trabalho”, embora tenha negado que ela tenha lhe informado sobre conteúdos dos arquivos. Quando perguntado se seu nome aparecia nos documentos, o ex-presidente respondeu de forma evasiva: “Não, não”.
Após seu comentário, uma repórter perguntou à procuradora Bondi sobre o assunto, mas ela respondeu que preferia não comentar o caso Epstein, ressaltando que o foco do evento era a crise de overdose de fentanyl no país.
Impasse e mistérios sem solução
O caso Epstein permanece cercado de mistérios, com documentos que sugerem uso de riqueza e conexões para explorar jovens mulheres. Epstein morreu em uma prisão federal em 2019, pouco após ser preso por tráfico de menores. Ainda assim, teorias e questionamentos sobre sua rede continuam a surgir, alimentando especulações sobre figuras poderosas envolvidas.
Especialistas avaliam que as declarações de Trump apenas aumentam o clima de desconfiança e dificultam o esclarecimento do que realmente ocorreu nos anos anteriores, mantendo o episódio aberto e carregado de incógnitas.