Brasil, 14 de julho de 2025
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Críticas à Copa do Mundo de Clubes: presidente da Fifpro se manifesta

O presidente da Fifpro critica a Fifa por falta de proteção aos jogadores durante a Copa do Mundo de Clubes.

Em um comunicado que gerou grande repercussão, Sergio Marchi, presidente da Fifpro, o sindicato mundial de jogadores de futebol, expressou duras críticas à Copa do Mundo de Clubes, realizada nos Estados Unidos. Marchi acusou a Fifa de priorizar lucros financeiros em detrimento da saúde e bem-estar dos atletas e exigiu um diálogo mais efetivo na tomada de decisões sobre torneios. As declarações surgem após o torneio que culminou com a vitória do Chelsea sobre o PSG, por 3 a 0, no domingo passado.

O torneio e suas implicações

A Copa do Mundo de Clubes trouxe à tona algumas preocupações relevantes para a comunidade esportiva. Marchi estava preocupado com a saturação do calendário, que resulta em uma falta de descanso físico e mental para os jogadores. Em suas declarações, ele destacou que a Fifa tem se mostrado unilateral em suas decisões e não tem escutado as vozes dos atletas, que são os verdadeiros protagonistas do esporte.

As palavras de Sergio Marchi

“A Fifpro vem alertando sobre a saturação do calendário, a falta de descanso físico e mental dos jogadores e a falta de diálogo da Fifa. Essa forma de organizar torneios, sem escutar a federação que representa as associações de jogadores pelo mundo, é unilateral, autoritária e baseada apenas na lógica da rentabilidade econômica, não na sustentabilidade humana.”

Marchi também caracterizou a promoção do torneio como um “pão e circo”, mais uma referência crítica a como a Fifa encena grandes eventos enquanto ignora as realidades que os jogadores enfrentam no dia a dia. O presidente do sindicato enfatizou ainda que a realização de partidas em condições extremas de calor deve ser evitada em futuras competições, como a Copa do Mundo de 2026, que será sediada em conjunto pelos Estados Unidos, México e Canadá.

A desconexão da realidade dos jogadores

Embora o torneio tenha gerado entusiasmo entre os torcedores e reunido grandes estrelas do futebol mundial, a Fifpro não hesita em apontar uma desconexão significativa entre o evento e a vida real da maioria dos jogadores de futebol, que frequentemente enfrentam problemas como salários irregulares, incertezas em relação a contratos e falta de condições de trabalho adequadas.

Condições inaceitáveis

“O torneio foi disputado sob condições inaceitáveis, com partidas sob calor extremo e temperaturas que colocam a integridade física dos jogadores em risco. Essa situação deve ser não apenas denunciada, como também fortemente condenada. Em nenhuma circunstância isso pode acontecer novamente na Copa do Mundo do ano que vem.”

Marchi destacou que a maioria dos jogadores não recebe seus salários integralmente e atua sem garantias de estabilidade ou assistência médica, enfatizando que a Fifa ignora essa realidade em função de maximização de lucros. “Vocês não podem mais brincar com a saúde dos atletas para alimentar uma máquina de marketing. Nenhum espetáculo é possível se a voz dos protagonistas é silenciada”, declarou o líder dos jogadores.

Os compromissos da Fifpro

Com uma postura firme, a Fifpro afirmou seu compromisso em lutar pelos direitos dos jogadores e demandar que a Fifa adote políticas de inclusão que respeitem a integridade dos atletas. “Vamos defender todos os direitos, todos os abusos, e vamos demandar que a Fifa adote uma política de verdadeira inclusão, que respeite a integridade dos jogadores e os coloque no centro de todas as decisões.”

As críticas de Marchi ecoam uma preocupação crescente em relação ao futuro do futebol profissional, onde a proteção dos jogadores deve ser uma prioridade inegociável. A resposta da Fifa a essas questões ainda está por vir, mas o chamado à ação da Fifpro deixa claro que a luta pelos direitos dos atletas continua.

Você pode ler o comunicado oficial da Fifpro sobre a Copa do Mundo de Clubes [aqui](https://oglobo.globo.com/esportes/noticia/2025/07/14/presidente-de-sindicato-chama-mundial-de-pao-e-circo-e-critica-infantino-nao-pode-brincar-com-a-saude-dos-jogadores.ghtml).

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