Brasil, 11 de julho de 2025
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Crise no Corinthians: Gastos de Andrés Sanchez geram polêmica

Ex-presidente enfrenta ameaças de expulsão após uso indevido de cartão corporativo.

A política interna do Corinthians se agita mais uma vez em meio à revelação de gastos pessoais do ex-presidente Andrés Sanchez com o cartão corporativo do clube. A situação tornou-se mais delicada na véspera de uma assembleia crucial, marcada para o dia 9 de agosto, onde se discute a permanência do atual mandatário, Augusto Mello. O cenário é tenso e movimenta os bastidores do Timão, com uma possível candidatura de Antônio Roque Citadini ganhando força entre os opositores de Sanchez.

Revelação das despesas pessoais

Um exame detalhado de uma fatura do cartão corporativo do Corinthians, datada de janeiro de 2021, trouxe à tona gastos que somam quase R$ 10 mil em despesas pessoais atribuídas a Andrés Sanchez. Os lançamentos mais chamativos ocorreram entre os dias 28 e 30 de dezembro de 2020, durante uma estadia em Pipa, no Rio Grande do Norte, um destino turístico conhecido por seus altos padrões de luxo.

Esses gastos ocorreram em um contexto em que Sanchez já havia solicitado seu afastamento do cargo, o que aumenta a gravidade da situação. Não demorou para que conselheiros da oposição articulassem um processo de expulsão, aproveitando que o ex-presidente não conta com uma base sólida no Conselho Deliberativo.

Reações e estratégias em jogo

Aliados de Andres insistem que ele tem a intenção de ressarcir os valores gastos antes que o processo formal de expulsão comece. As movimentações financeiras do ex-dirigente sempre geraram polêmica, especialmente porque ele era conhecido por pagar suas despesas no clube em dinheiro vivo, prática que levanta ainda mais suspeitas sobre sua gestão.

Por outro lado, a articulação de Augusto Mello passa pela necessidade de alertar os sócios sobre a possível volta de Andrés ao poder, caso ele não consiga manter sua posição. Essa manobra envolve, ainda, a ameaça de uma investigação sobre faturas anteriores ao término do mandato de Sanchez, o que poderia minar suas pretensões políticas no clube.

Cenário político conturbado

O clima entre os conselheiros do Corinthians é de total polarização. O apoio a uma candidatura de Antônio Roque Citadini indica que as linhas de combate estão bem definidas. Enquanto Sanchez tenta se reerguer, seus opositores se aproveitam da situação para consolidar sua posição e evitar um eventual retorno do ex-presidente, que já foi uma figura polarizadora durante sua gestão.

O Corinthians já passou por diversas crises ao longo de sua história, mas as disputas pelo poder executivo costumam gerar rachas profundos entre os torcedores e associados. A busca por transparência na administração do clube é uma demanda crescente entre os sócios, e escândalos como o atual desgastam ainda mais a imagem de dirigentes que tentam se manter à frente do Timão.

Expectativas para a Assembleia

Com a assembleia se aproximando, a expectativa é que os sócios se unam para discutir não apenas a continuidade de Augusto Mello, mas também as consequências que os gastos de Sanchez podem ter para o clube. A [Globo](https://oglobo.globo.com/blogs/diogo-dantas/coluna/2025/07/crise-no-corinthians-gastos-de-andres-sanchez-com-cartao-corporativo-geram-tentativa-de-expulsao.ghtml) já reporta que a insatisfação entre os parceiros e conselheiros cresce, o que pode levar a uma reavaliação das estruturas de poder estabelecidas na instituição.

Se o passado recente nos ensina algo, é que as disputas internas no Corinthians podem ter efeitos diretos na performance da equipe dentro de campo. Agora, mais do que nunca, a torcida aguarda que a gestão do clube seja pautada pela ética e pela transparência, deixando para trás as sombras de gastos obscuros e disputas pelo poder.

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