Brasil, 13 de junho de 2025
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Inflação na Argentina cai a 1,5% em maio, menor nível desde 2020

A inflação na Argentina ficou em 1,5% em maio, menor desde maio de 2020, impulsionada pela desaceleração nos preços dos alimentos e de serviços.

A inflação na Argentina registrou uma variação de 1,5% em maio deste ano em relação ao mês anterior, segundo dados do Instituto de Estatísticas Nacional (Indec). Este foi o menor índice mensal desde maio de 2020, período em que o país enfrentava forte controle de preços durante a quarentena por causa da pandemia de Covid-19. No acumulado do ano, o índice de inflação ficou em 13,3%, enquanto na comparação anualizada, atingiu 43,5%.

Contexto e comparação com períodos anteriores

Essa desaceleração ocorre em um momento em que a economia argentina vive um processo de estabilização, com preços livres e ajustes relativos, sem o controle cambial implementado desde 2019. Em 2020, a inflação mensal foi significativamente maior, quando o governo de Alberto Fernández e Cristina Kirchner mantinha preços máximos por decreto. Agora, a inflação mensal é a mais baixa desde 2017, excluindo o impacto dos primeiros meses da pandemia.

Impactos nos setores e variações de preços

O setor de Comunicação foi o que mais elevou seus preços em maio, com alta de 4,1%, refletindo aumentos nos serviços de telefonia e internet. Logo após, vieram os restaurantes e hotéis (3%), impulsionados pelos custos de refeições fora de casa. Já as categorias com menores variações foram alimentos e bebidas não alcoólicas, com alta de 0,5%, devido à queda nos preços de frutas e verduras, e transporte, com alta de apenas 0,4%.

Reações oficiais e sociais

O Ministério da Economia afirmou que a inflação de maio foi a mais baixa desde 2020 e que, ao retirar os efeitos pontuais da pandemia, ela representa a menor desde novembro de 2017. Além disso, destacaram que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acumula treze meses de desaceleração em relação ao mesmo período do ano anterior, sendo a menor variação desde março de 2021. O governo de Javier Milei comemorou os números, atribuindo o resultado a um “plano de estabilização ortodoxo bem-sucedido”.

Desafios e percepção social

No entanto, a percepção da população contrasta com os dados oficiais. Muitos argentinos continuam sofrendo com a alta dos custos de vida. Cristian Rodríguez, funcionário do setor de logística, comentou que, apesar de a inflação parecer diminuir, seus salários não aumentaram há um ano, dificultando a manutenção do padrão de vida.

Ao mesmo tempo, o país recebeu US$ 12 bilhões em um desembolso do Fundo Monetário Internacional (FMI), que aumenta a confiança no programa econômico do governo Milei, liderado por um conjunto de medidas econômicas ultraliberais que incluem o ajuste de 15 pontos no PIB e a eliminação do controle cambial parcial.

Para mais detalhes, acesse este link.

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