Brasil, 13 de maio de 2025
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Funcionários denunciam condições precárias em ambulâncias contratadas pelo IGES-DF

Funcionários da UTI Vida expõem problemas graves que comprometem a segurança em ambulâncias no DF, além de irregularidades trabalhistas.

Recentemente, funcionários da UTI Vida, empresa contratada pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGES-DF), relataram em vídeos e fotos a preocupante situação das ambulâncias que operam na região. A frota não apenas apresenta falhas graves que ameaçam a segurança de pacientes e trabalhadores, mas também enfrenta sérios problemas administrativos, como atrasos de salários e descontos indevidos.

Ambulâncias sucateadas: um risco à saúde pública

A denúncia sobre as condições dos veículos foi amplamente documentada pelos funcionários, que destacaram exemplos alarmantes. Entre as irregularidades nos veículos estão pneus furados e carecas, fumaça saindo do motor, portas danificadas, cadeiras rasgadas e macas soltas no compartimento traseiro. Um desses motoristas, que preferiu não se identificar, enfatizou que algumas ambulâncias estão com o pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) atrasado há cerca de dois anos, o que levanta sérias dúvidas sobre a manutenção e a legalidade do uso desses veículos.

“As viaturas que a gente trabalha são danificadas, batidas. Viatura com sinalização sonora baixa, algumas sinalizações luminosas queimadas. Não tem macaco, chave de roda, triângulo para sinalizar se o pneu furar”, relatou um funcionário em uma das gravações. A situação se torna ainda mais crítica quando se considera que a segurança dos profissionais que operam essas ambulâncias e a dos pacientes transportados está em risco constante.

Irregularidades trabalhistas e falta de comunicação

Além das preocupações com a segurança dos veículos, os trabalhadores da UTI Vida também apontaram diversas irregularidades trabalhistas que afetam diretamente suas condições de vida. De acordo com as denúncias, os salários estão atrasados mensalmente há mais de seis meses. Os funcionários ainda relataram que, embora o vale-transporte seja descontado de seus holerites, não está sendo depositado pela empresa há pelo menos dois meses.

Outro problema mencionado foi a cobrança de um plano odontológico que foi cancelado, mas cujo valor continua sendo descontado em folha. A falta de comunicação eficiente com a empresa é outro ponto que gera frustração entre os colaboradores; mecanismos de contato como grupos, e-mails e RH estão inativos, dificultando a resolução dessas questões.

A resposta do IGES-DF e a repercussão das denúncias

Até o momento, o IGES-DF não se manifestou sobre as acusações e a situação das ambulâncias da UTI Vida. A ausência de uma resposta por parte do instituto levanta questionamentos sobre a responsabilidade do órgão público em garantir a segurança e a integridade dos serviços que presta à população.

Enquanto os funcionários da UTI Vida enfrentam um cenário de incertezas e riscos, a confiança da população no serviço de ambulâncias e no sistema de urgência e emergência do Distrito Federal está sendo minada. A continuidade do serviço nessas condições é insustentável e exige uma ação imediata e efetiva por parte das autoridades responsáveis.

O g1, responsável por investigar e expor essa situação, irá seguir acompanhando a questão, em busca de respostas e soluções para garantir que os cidadãos do Distrito Federal tenham acesso a serviços de saúde adequados e seguros. A situação dos trabalhadores e pacientes não pode ser ignorada, e requer atenção urgente.

Os cidadãos do Distrito Federal esperam que as autoridades tomem as medidas necessárias para corrigir essas falhas e proteger tanto os trabalhadores quanto aqueles que dependem desses serviços essenciais. O debate sobre a qualidade e responsabilidade dos serviços de saúde deve continuar, e a comunidade precisa permanecer unida na busca por direitos e melhorias.

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