Brasil, 20 de abril de 2025
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šŸ’¼ China impƵe tarifas de 34% sobre importaƧƵes dos EUA em resposta a medidas de Trump

Escalada na guerra comercial pressiona mercados globais e pode beneficiar o Brasil
Presidente da China Xi Jinping. Foto: Divulgação

A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo ganhou um novo capítulo nesta sexta-feira (4). A China anunciou a aplicação de tarifas adicionais de 34% sobre todas as importações provenientes dos Estados Unidos, em resposta direta à medida equivalente implementada recentemente pelo governo do ex-presidente americano Donald Trump.

A retaliação marca uma nova fase de tensão entre os países, com possíveis repercussões no comércio global.

AlĆ©m das tarifas, Pequim tambĆ©m restringiu as exportaƧƵes de terras raras — insumos estratĆ©gicos para as indĆŗstrias de tecnologia e defesa — e incluiu 11 empresas norte-americanas em sua lista de entidades nĆ£o confiĆ”veis. Como reforƧo diplomĆ”tico, o governo chinĆŖs apresentou uma queixa formal Ć  Organização Mundial do ComĆ©rcio (OMC), alegando que as aƧƵes dos EUA violam as normas do comĆ©rcio internacional.

Trump reage e diz que a china “entrou em pĆ¢nico”

Donald Trump nĆ£o demorou a reagir. Em discurso transmitido por redes sociais, o ex-presidente americano afirmou que a China ā€œjogou erradoā€ e ā€œentrou em pĆ¢nicoā€ com a decisĆ£o, classificando a retaliação como um erro estratĆ©gico. Trump defendeu suas polĆ­ticas protecionistas como forma de proteger a indĆŗstria americana e disse que novas medidas poderĆ£o ser adotadas caso Pequim mantenha o posicionamento atual.

Analistas internacionais, no entanto, veem o embate como um risco crescente para a estabilidade econÓmica global, especialmente num momento de recuperação pós-pandemia e diante da incerteza política nos Estados Unidos, às vésperas das eleições presidenciais.

Brasil pode ser beneficiado, mas enfrenta riscos

A intensificação do conflito entre China e EUA abre espaço para países exportadores como o Brasil. Especialistas apontam que produtos como soja, milho e carnes brasileiras podem ganhar maior espaço no mercado chinês, substituindo fornecedores norte-americanos afetados pelas tarifas.

Isso pode abrir uma janela de oportunidade para o agronegócio brasileiro, sobretudo em commodities que jÔ possuem presença relevante na pauta de exportações para a China.

Por outro lado, a volatilidade nos mercados internacionais preocupa. A escalada tarifÔria entre as duas potências pode provocar instabilidade cambial e dificultar o planejamento de investimentos estrangeiros no Brasil. Além disso, cadeias globais de suprimentos podem ser prejudicadas, afetando a indústria nacional que depende de insumos importados.

Especialistas alertam para riscos Ć  economia global

Economistas alertam que a guerra comercial em curso pode desacelerar o crescimento econÓmico global. O aumento das tarifas tende a elevar os preços de produtos para consumidores e empresas, pressionando a inflação e reduzindo o poder de compra. Cadeias de produção que dependem de intercâmbio entre os dois países também são ameaçadas, o que afeta setores como eletrÓnicos, automóveis e telecomunicações.

A imposição mĆŗtua de tarifas cria um ambiente hostil para os negócios e desencoraja o investimento produtivo. Ɖ uma lógica de soma negativa para todos os envolvidos.

desdobramentos e apelos por diƔlogo

A China instou oficialmente os Estados Unidos a cancelarem as tarifas e buscarem uma solução diplomĆ”tica para o impasse. Em comunicado, o MinistĆ©rio do ComĆ©rcio chinĆŖs defendeu um ā€œdiĆ”logo equitativo, com base no respeito mĆŗtuoā€, para evitar a expansĆ£o do conflito.

Observadores internacionais alertam para o risco de que a disputa comercial extrapole o setor econƓmico e avance para Ɣreas estratƩgicas, como tecnologia e defesa, o que poderia envolver outras naƧƵes e comprometer ainda mais o equilƭbrio global.

impacto em setores estratégicos e próximos passos

A decisão chinesa de restringir exportações de terras raras preocupa países que dependem desses materiais para a fabricação de produtos eletrÓnicos, baterias e equipamentos militares. Os Estados Unidos, historicamente dependentes dessas importações, jÔ estudam formas de reduzir essa vulnerabilidade.

Enquanto isso, o mercado financeiro reage com cautela. Bolsas ao redor do mundo operaram em baixa após o anúncio, refletindo o temor de uma nova onda de instabilidade no comércio internacional.

Nos próximos dias, o foco estarÔ nas possíveis respostas dos EUA, nas reações de aliados e nos impactos econÓmicos que poderão ser sentidos tanto em economias desenvolvidas quanto emergentes, como o Brasil. O desenrolar dos acontecimentos serÔ crucial para determinar os rumos do comércio global em um cenÔrio jÔ marcado por desafios geopolíticos e econÓmicos.

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