O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (21) que a empresa Boeing será a responsável pela construção do novo caça da Força Aérea dos EUA, o caça F-47, dentro do programa Next Generation Air Dominance (NGAD). A aeronave, equipada com tecnologia furtiva avançada e recursos de penetração profunda, será peça-chave da defesa aérea americana em potenciais cenários de conflito — com destaque para o embate estratégico com a China, segundo o Pentágono.
O contrato inicial com a Boeing está avaliado em cerca de US$ 20 bilhões (R$ 114 bilhões). O novo caça será tripulado, mas atuará como o centro de uma frota integrada com aeronaves não tripuladas, todas projetadas para superar as defesas aéreas mais modernas. O anúncio foi feito na Casa Branca, ao lado do secretário de Defesa Pete Hegseth e do chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general David Allvin.

🛫 Nova era do poder aéreo – caça F-47
Durante o evento, o general Allvin destacou a importância do F-47 para o futuro da aviação militar americana:
“Vamos escrever a próxima geração da guerra aérea moderna com isso.”
Hegseth complementou afirmando que a nova frota também representa um compromisso duradouro com os aliados dos EUA, especialmente em um contexto global de crescente tensão militar.
💸 Alto custo e comparações com o F-35
Apesar da empolgação com o anúncio, o programa NGAD enfrenta críticas devido ao seu alto custo e ao histórico de atrasos em projetos similares. O F-35, ainda em fase de conclusão, acumula uma previsão de gasto superior a US$ 1,7 trilhão ao longo de sua vida útil, sendo considerado o programa de defesa mais caro da história. Além disso, o bombardeiro B-21 Raider, outra aposta tecnológica do Pentágono, está em desenvolvimento com custo estimado de US$ 130 bilhões para uma frota de cerca de 100 unidades.
A quantidade de caças F-47 a ser produzida ainda não foi divulgada oficialmente, mas o general Allvin indicou que será maior que a dos F-22 — atualmente, cerca de 180 estão em serviço. A expectativa é que o novo modelo reforce a superioridade aérea dos EUA por décadas, especialmente diante do avanço tecnológico da China e da Rússia em aviação militar.