Morte de chefe do Hamas é confirmada por Israel durante ofensiva na Faixa de Gaza nesta terça-feira (18). Essam al-Da’alais, líder do governo do grupo, foi alvo de uma operação militar que, segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), buscava enfraquecer a estrutura do Hamas. O grupo, classificado como organização terrorista por países como Estados Unidos e União Europeia, tem sido responsável por ataques na região há anos. A ação faz parte da intensificação dos conflitos no território palestino.
Operação militar e as consequências da morte de chefe do Hamas
Em um comunicado oficial, o Exército israelense confirmou que al-Da’alais supervisionava a integração de todos os ramos do Hamas, e que a operação também resultou na morte de outros membros de alto escalão do grupo. Entre os nomes mencionados estão Mahmoud Marzouk Ahmed Abu-Watfa, Ministro de Assuntos Internos; Bahajat Hassan Mohammed Abu-Sultan, chefe das Forças de Segurança Interna; e Ahmed Amar Abdullah Alhata, Ministro da Justiça. Todos eram vinculados a funções que proporcionavam suporte para ações terroristas.
A ofensiva começou na noite do dia 17 de março, rompendo uma trégua que estava em vigor desde janeiro, e desde então os ataques aéreos têm sido constantes. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, o número de mortos já chega a 413, incluindo civis, e cerca de 660 pessoas ficaram feridas.
Impacto da morte de chefe do Hamas
De acordo com as Forças Armadas de Israel, os ataques estão sendo realizados para desmantelar as capacidades do Hamas e proteger os cidadãos israelenses. A organização argumenta que os bombardeios têm como alvo exclusivamente alvos militares e líderes terroristas. Entretanto, o Hamas rebate, alegando que muitos civis estão entre as vítimas, elevando o número de mortos e gerando uma crise humanitária sem precedentes na região.
Com o crescimento da pressão sobre as comunidades israelenses próximas à Faixa de Gaza, o governo de Benjamin Netanyahu impôs restrições, incluindo a suspensão de aulas em áreas vulneráveis. Além disso, ordens de evacuação foram emitidas em certas regiões, enquanto os palestinos começaram a deixar suas casas em busca de segurança.
Protestos com a morte de chefe do Hamas
Enquanto os ataques continuam, familiares de reféns israelenses ainda em poder do Hamas protestam contra a escalada da violência, temendo que a operação militar torne mais difícil a negociação para a liberação dos sequestrados. Desde o ataque inicial do Hamas em 7 de outubro de 2023, mais de 250 pessoas foram sequestradas, e cerca de 60 continuam em cativeiro.
A insurgência militar de Israel também é vista como uma resposta à recusa do Hamas em libertar os reféns e em negociar um novo cessar-fogo. O primeiro-ministro israelense enfatizou que a ofensiva continuará até que as ameaças sejam eliminadas.
A crise humanitária em Gaza
A escalada do conflito provocou uma grave crise humanitária na Faixa de Gaza. De acordo com relatórios de organizações não governamentais e do Ministério da Saúde local, o número de mortos já ultrapassa 40 mil, incluindo mulheres e crianças. Muitas cidades foram reduzidas a escombros, e milhares de pessoas estão desabrigadas.
O ambiente caótico é agravado pela falta de acesso a alimentos, água potável e serviços médicos adequados. Médicos em Gaza relatam que os hospitais estão sobrecarregados, recebendo um fluxo constante de feridos, e a situação só tende a piorar com a continuidade dos bombardeios.
Observadores internacionais preocupam-se com a escalada das hostilidades, que pode aumentar as tensões em uma região já instável. Além do Hamas, o Hezbollah, no Líbano, e grupos no Irã e no Iémen também estão se mobilizando, o que eleva o potencial de um conflito em larga escala no Oriente Médio.
Fim da trégua em Gaza
À medida que as negociações entre as partes envolvidas continuam, o futuro da trégua e a possibilidade de um cessar-fogo duradouro seguem incertos. Enquanto isso, a população civil continua a pagar o preço de um conflito que parece não ter fim à vista.
A situação na região permanece crítica, com a comunidade internacional clamando por soluções pacíficas e humanitárias que possam aliviar o sofrimento das pessoas afetadas por décadas de conflito.