O Palácio Gustavo Capanema, ícone da arquitetura modernista brasileira, será palco da cúpula do BRICS, que reunirá chefes de Estado do Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, além dos novos membros do bloco: Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã. Ao todo, 35 delegações são esperadas para o evento no Rio de Janeiro.
A escolha do edifício, que passou por uma década de restauração, foi aprovada tanto pelo prefeito Eduardo Paes quanto pela Presidência da República. A decisão reforça a importância simbólica do local, que quase foi vendido para a iniciativa privada durante o governo Bolsonaro, em um movimento amplamente criticado por especialistas e defensores do patrimônio histórico.
🏛️ Um ícone modernista com novo propósito
Projetado entre 1937 e 1943 por um time de arquitetos que incluía Lúcio Costa, Carlos Leão, Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Ernâni Vasconcelos e Jorge Machado Moreira, com consultoria de Le Corbusier, o Palácio Gustavo Capanema é considerado um marco da arquitetura modernista no mundo.
Com a conclusão das obras de restauração, o prédio será reinaugurado com uma nova função: 40% de seu espaço será destinado ao uso administrativo do Ministério da Cultura, incluindo órgãos como a Funarte, e os outros 60% serão dedicados a exposições e atividades culturais, transformando-o em um centro de referência para as artes.
A reabertura do Capanema como centro cultural simboliza a valorização do patrimônio histórico e reforça o compromisso do governo com a preservação da cultura nacional.
