O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) lançou, na última terça-feira (11), o processo de construção participativa do Plano Nacional de Arborização Urbana (PlaNAU). A iniciativa busca aumentar a presença de vegetação nas cidades, garantindo melhorias na qualidade ambiental, climática e na vida da população.
O anúncio ocorreu durante o Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas, em Brasília (DF). Para garantir ampla participação, entre março e junho de 2025, o governo realizará oficinas presenciais nas cinco regiões do país, passando por Manaus (Norte), Recife (Nordeste), Campo Grande (Centro-Oeste), Campinas (Sudeste) e Curitiba (Sul). Em julho, o processo será finalizado com uma consulta pública online.
Cidades mais verdes e qualidade de vida
O PlaNAU tem como principal objetivo incentivar os planos municipais de arborização, promovendo um avanço na gestão ambiental urbana. A arborização das cidades pode contribuir significativamente para:
- Melhoria da qualidade do ar
- Regulação térmica e redução de ilhas de calor
- Gestão eficiente das águas pluviais
- Aumento da biodiversidade urbana
O secretário Nacional de Meio Ambiente Urbano, Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental do MMA, Adalberto Maluf, ressaltou que os municípios que já possuem planos próprios não precisarão refazê-los, mas poderão compartilhar boas práticas para a formulação do plano nacional.
— Vamos apoiar as prefeituras na construção de seus planos de arborização e integrá-los às estratégias de adaptação às mudanças climáticas das cidades — afirmou Maluf.
O PlaNAU integra o programa Cidades Verdes Resilientes, criado pelo Decreto nº 12.041, de 5 de junho de 2024. A iniciativa visa aumentar a qualidade ambiental e a resiliência urbana diante das mudanças climáticas, sendo estruturada em seis eixos principais:
- Áreas verdes e arborização urbana
- Uso e ocupação sustentável do solo
- Infraestrutura verde e azul e soluções baseadas na natureza
- Tecnologias de baixo carbono
- Mobilidade urbana sustentável
- Gestão de resíduos urbanos
As ações do programa priorizam regiões metropolitanas e municípios com alta vulnerabilidade social e climática, considerando critérios de gênero, raça, etnia, idade, deficiência, renda e localização no território.