O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) passou a apresentar uma série de erros cartográficos após alterar o nome do Golfo do México para “Golfo da América”. As inconsistências no mapa foram notadas por usuários nesta sexta-feira (14) e incluem troca de oceanos, territórios distorcidos e áreas submersas em diversas partes do mundo.
Um dos erros mais notáveis é a posição equivocada dos oceanos. No Brasil, por exemplo, o mapa indica que o país é banhado pelo Oceano Pacífico, em vez do Atlântico. A mesma falha se repete em outras regiões, como no Mar Mediterrâneo.
Territórios alterados e cidades inundadas
Além da troca dos oceanos, o mapa do USGS apresenta outras falhas graves:
- Israel: algumas áreas foram rotuladas como “Terra de ninguém”, enquanto a Cisjordânia e a Faixa de Gaza aparecem como territórios em disputa.
- Reino Unido: o território britânico está cortado ao meio por uma faixa de água, criando uma separação inexistente.
- Europa: cidades costeiras, como Amsterdã, aparecem parcialmente inundadas devido a um erro no filtro topográfico do mapa.
O USGS é amplamente conhecido por seu monitoramento global de terremotos, mas essas falhas chamaram a atenção por comprometerem a precisão geográfica do serviço.
Trump e o “Golfo da América“
A mudança do nome do Golfo do México foi determinada por uma ordem executiva de Donald Trump, assinada em seu primeiro dia de governo. Segundo ele, a nova denominação seria “mais bonita” e representaria melhor os interesses dos Estados Unidos.
A decisão teve impacto político, mas não afetou outros países diretamente. No entanto, o Google já passou a exibir ambos os nomes para usuários fora dos EUA. A alteração também gerou repercussão na imprensa, levando a restrições para jornalistas da Associated Press, que mantiveram o nome original em suas reportagens.