Teresina – A nova diretoria da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina, liderada por Charles Silveira, revelou um cenário preocupante na rede pública de saúde da capital. Após um diagnóstico iniciado em novembro de 2024 pela equipe de transição, foram identificados graves problemas estruturais, organizacionais e operacionais, que apontam para um “estado de caos” no sistema.
O levantamento inclui relatórios parciais que destacam instalações sanitárias inoperantes, equipamentos danificados ou inexistentes, sujeira nos ambientes, falta de capina e salas de assistência interditadas. Além disso, a precariedade afeta diretamente os serviços à população, com carência de insumos básicos e medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e hospitais.
Odontologia em crise
A área de odontologia também enfrenta sérias dificuldades. O Conselho Regional de Odontologia (CRO) interditou 19 salas de atendimento nas UBSs, e outras unidades estão paralisadas devido à falta de insumos odontológicos. Essa situação agrava ainda mais o acesso da população aos serviços básicos de saúde bucal.
Plano emergencial para a saúde pública em Teresina
Para enfrentar os desafios, a nova gestão elaborou um plano de ação emergencial a ser implementado nos próximos 180 dias. As demandas foram classificadas em categorias de prioridade: “muito urgentes“, “urgentes” e “menos urgentes“. Essa estratégia permitirá a correção de problemas críticos enquanto a gestão trabalha em melhorias contínuas.
“Estamos empenhados em resolver os diversos problemas da rede de saúde, para promover a saúde e o bem-estar das pessoas. Nossa atuação será pautada na dedicação integral, na honestidade, na legalidade e na transparência”, afirmou Charles Silveira, presidente da FMS.
Mudança de abordagem
Com uma equipe técnica especializada, a nova gestão busca não apenas solucionar os problemas atuais, mas também reestruturar a FMS para garantir a sustentabilidade e eficiência do sistema de saúde em Teresina. Segundo Charles Silveira, o compromisso é criar um modelo mais humano, acessível e eficaz para atender às necessidades da população.
Embora o diagnóstico revele uma situação alarmante, a nova administração destaca que a transparência e o trabalho técnico serão os pilares para superar as dificuldades. “Enfrentaremos os desafios de cabeça erguida e trabalharemos arduamente para melhorar a saúde pública. Juntos, teremos um sistema de saúde mais acessível, eficiente e humano”, concluiu o presidente da FMS.