Teresina, 15 de dezembro de 2024
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Banco Central anuncia leilão de US$ 3 bilhões para conter alta do dólar

O Banco Central realiza leilão de US$ 3 bilhões em reservas internacionais para conter a alta do dólar, que ultrapassou R$ 6. Saiba os impactos econômicos e a estratégia da autoridade monetária.
Cotações de câmbio em tela de mercado financeiro.
Banco Central vai intervir no marcado. Foto: Diário do Povo.

Pela terceira vez consecutiva, o Banco Central (BC) intervirá no mercado de câmbio em uma tentativa de conter a escalada do dólar. Nesta segunda-feira (15), a autoridade monetária realizará, em Brasília, um leilão de até US$ 3 bilhões das reservas internacionais com compromisso de recompra. A operação permite que os recursos vendidos sejam reincorporados às reservas em uma data futura, no caso, 6 de março de 2025.

O comunicado oficial foi emitido pelo BC na noite de sexta-feira (13), detalhando a estratégia. A intervenção ocorre em meio a uma valorização expressiva da moeda norte-americana, que vem pressionando o mercado e exigindo medidas emergenciais para estabilizar a cotação.

Intervenções no mercado cambial é estratégia do Banco Central

Na última quinta-feira (12), o BC já havia vendido US$ 4 bilhões em reservas internacionais na mesma modalidade, conhecida como leilões de linha, em que a recompra é programada para meses mais tarde. Na sexta-feira (13), a autoridade monetária realizou uma nova intervenção, desta vez vendendo US$ 845 milhões na modalidade à vista, o que significa que os recursos não serão recomprados para as reservas.

A medida de sexta-feira foi motivada pela disparada do dólar, que chegou a ser cotado a R$ 6,07 durante a tarde. A venda das reservas conseguiu desacelerar a alta, encerrando o dia com o dólar cotado a R$ 6,03, ainda assim registrando um aumento de 0,43% no fechamento.

Impactos da alta do dólar na economia brasileira

A valorização do dólar reflete uma combinação de fatores domésticos e internacionais, incluindo incertezas econômicas, fluxos de capital e aumento da aversão ao risco no mercado global. A cotação acima de R$ 6 intensifica preocupações com impactos na inflação, dado o encarecimento de produtos importados e insumos dolarizados.

As reservas internacionais do Brasil, que somam cerca de US$ 341 bilhões, continuam sendo um colchão de liquidez importante para enfrentar volatilidades cambiais. No entanto, as frequentes intervenções do BC geram debates sobre o equilíbrio entre proteger o câmbio e preservar o nível das reservas para situações de emergência.

Prognósticos para a trajetória do Dólar

A operação desta segunda-feira será acompanhada de perto pelo mercado, que busca sinais sobre a estratégia de política cambial do BC e o impacto dessas medidas na trajetória do dólar. Especialistas avaliam que, embora as intervenções possam trazer alívio temporário, o comportamento do câmbio dependerá de fatores estruturais e da percepção de risco dos investidores.

Enquanto isso, consumidores e empresas seguem monitorando os efeitos da valorização do dólar, que impacta desde os preços de combustíveis até os custos de bens e serviços importados. A continuidade de intervenções sinaliza a disposição do Banco Central em conter pressões no mercado, mas o desafio de estabilizar a moeda norte-americana persiste.

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