Teresina, 11 de dezembro de 2024
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Lula assina decretos para modernizar estatais e buscar autonomia financeira

Medidas do governo visam modernizar estatais, reduzir dependência financeira do Tesouro e fomentar autonomia. Saiba mais sobre os decretos assinados por Lula. Dica: Use até 150-160 caracteres para destacar os pontos principais do texto.
Presidente Lula assina, ao lado da ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, decretos para modernizar estatais.
A ministra Esther Dweck. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Brasília – Em uma iniciativa para reformar a governança das empresas estatais e diminuir sua dependência financeira do Tesouro Nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta segunda-feira (9) três decretos que trazem mudanças significativas no setor. Atualmente, 17 estatais dependem diretamente do Tesouro, incluindo a Embrapa, Codevasf e Conab, empresas fundamentais em áreas como pesquisa agropecuária, infraestrutura e gestão de estoques agrícolas.

Modernização e governança: o que muda com os decretos

Os decretos estabelecem medidas voltadas para melhorar a eficiência e a gestão das estatais. Entre as principais mudanças:

  • Formação de Conselheiros e Dirigentes: Um programa de capacitação continuada será implementado, visando preparar os gestores das empresas para os desafios da modernização.
  • Rede Coordenada de Ministérios e Estatais: Uma rede envolvendo os 16 ministérios supervisores e todas as estatais será criada, permitindo ações integradas e maior coordenação.
  • Reestruturação da CGPAR: A Comissão Interministerial de Governança Corporativa e Administração de Participações Societárias da União terá suas diretrizes revisadas para ampliar sua atuação na supervisão e governança.

Além disso, o governo irá contratar consultorias especializadas para auxiliar as estatais no processo de reestruturação.

Estatais e autonomia financeira

A ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck, destacou que o objetivo central é aumentar a receita dessas empresas, ainda que nem todas possam alcançar plena independência do Tesouro. A iniciativa complementa projetos enviados ao Congresso em outubro, que visam permitir que as receitas geradas pelas estatais dependentes fiquem em seus caixas, em vez de serem repassadas à União. Esses recursos poderão ser usados para financiar investimentos próprios.

Novo modelo orçamentário para empresas públicas

Outro ponto chave das propostas é a possibilidade de migração das estatais que demonstrarem potencial para autonomia financeira. Empresas que firmarem um “contrato de gestão” poderão deixar de integrar o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social, sujeito ao teto de gastos, e passar para o Orçamento de Investimentos, onde se encontram empresas independentes como a Petrobras e o BNDES.

Impactos esperados na economia e setores estratégicos

As medidas refletem o compromisso do governo em:

  • Aprimorar a eficiência das estatais;
  • Reduzir o peso sobre o Tesouro;
  • Potencializar a capacidade de investimento dessas empresas.

Especialistas avaliam que a maior autonomia financeira poderá beneficiar tanto o governo quanto as empresas, promovendo uma gestão mais profissional e menos sujeita a restrições orçamentárias.

Ao consolidar essas mudanças, o governo espera não apenas fortalecer as estatais, mas também impulsionar setores estratégicos para a economia brasileira, como o agronegócio e a infraestrutura, alavancando o crescimento sustentável do país.

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