Teresina, 18 de outubro de 2024
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Tensão entre China e Taiwan aumenta com exercícios militares e desafios econômicos

A China intensificou suas ações militares em torno de Taiwan, com a realização de grandes exercícios que envolveram 125 aeronaves e 17 navios de guerra. As simulações, que incluíram a participação da Marinha e da Força de Foguetes Chinesa, fecharam o Estreito de Taiwan, sinalizando uma pressão crescente sobre a ilha, que Pequim considera parte de seu território. Os movimentos chineses ocorrem após o presidente de Taiwan, Lai Ching-te, reafirmar a independência da ilha, provocando uma resposta enérgica do governo chinês, que declarou estar pronto para um eventual confronto militar para evitar a separação de Taiwan.

Esses exercícios se tornaram frequentes nos últimos anos, elevando o nível de alerta internacional sobre a possibilidade de uma ação militar. Recentemente, uma peça de propaganda do governo chinês sugeriu a reunificação com Taiwan pela força, uma retórica que, até pouco tempo, não era discutida de forma tão aberta.

Riscos de Conflito Global

O aumento das tensões entre China e Taiwan levanta preocupações sobre um possível conflito global. Um confronto direto entre as duas partes pode arrastar potências internacionais, como os Estados Unidos, que têm alianças estratégicas com países do Indo-Pacífico, como Japão, Austrália, Índia e Filipinas, além da proximidade com a OTAN. Pequim, por sua vez, tem intensificado suas provocações na região, desafiando a supremacia americana e testando limites no Estreito de Taiwan.

Taiwan: Um ativo econômico e estratégico

Além dos fatores geopolíticos, Taiwan possui uma importância econômica crucial, sendo responsável por 90% da produção global de semicondutores avançados, indispensáveis para a indústria tecnológica. A China, ao mesmo tempo que exerce pressão militar, tem um interesse econômico em Taiwan, o que aumenta a complexidade das relações. Além disso, a ilha é vista como um ponto estratégico militar, sendo referida como um “porta-aviões inafundável”, o que torna sua defesa fundamental para os EUA e seus aliados na contenção do avanço chinês no Pacífico.

Crise econômica chinesa e os desafios de Xi Jinping

Enquanto a China aumenta sua atividade militar, enfrenta internamente uma crise econômica que desafia o governo de Xi Jinping. A desaceleração econômica e a deflação colocam em risco a meta de crescimento de 5% do PIB. O setor imobiliário, anteriormente um dos pilares da economia, está em crise com empresas como a Evergrande à beira da falência. Em resposta, Pequim lançou um pacote de estímulos de 324 bilhões de dólares, visando recuperar a confiança do mercado e socorrer governos regionais e a construção civil.

As dificuldades econômicas também afetam a popularidade de Xi Jinping dentro do Partido Comunista Chinês, já que seu governo se baseia na promessa de prosperidade econômica. Alguns analistas temem que a crise econômica possa pressionar Xi a adotar medidas mais autoritárias internamente, ou até aumentar as chances de uma invasão de Taiwan como forma de desviar o foco e reafirmar seu controle sobre o poder.

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