Teresina, 23 de novembro de 2024
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Escândalo em laboratório do RJ: erros em testes de HIV levam à prisão de responsáveis

Um escândalo envolvendo erros em testes de HIV em pacientes transplantados no Rio de Janeiro resultou na prisão de dois responsáveis por um laboratório de análises clínicas, na manhã desta terça-feira (15). A investigação aponta que laudos incorretos levaram à infecção de seis pacientes com o vírus. A operação mobilizou 40 agentes da Delegacia do Consumidor da Polícia Civil, que continuam em busca de outros envolvidos.

Prisões e investigações

Entre os detidos estão Walter Vieira, sócio do laboratório PCS Lab Saleme, e Oild dos Santos, responsável técnico pelo estabelecimento. Mateus Vieira, filho de Walter e também sócio, foi conduzido à delegacia para prestar depoimento. Ainda são procurados outros responsáveis, incluindo Jaqueline Iris de Assis, que teria assinado documentos com registros inativos.

A operação cumpriu 11 mandados de busca e apreensão e investiga a emissão irregular de laudos clínicos pelo laboratório. Segundo informações do Conselho Regional de Farmácia (CRF), o laboratório não possuía registro junto ao órgão, e nenhum dos profissionais envolvidos estava registrado.

Lucro como motivação e falhas no controle de qualidade

De acordo com a polícia, falhas operacionais e de controle de qualidade nos testes de HIV foram detectadas, e a investigação sugere que o foco em maximizar lucros comprometeu a precisão dos exames. “A negligência resultou na infecção de seis pacientes com HIV, evidenciando um claro descaso com a saúde pública”, afirmou o secretário de Polícia Civil, Dr. Felipe Curi.

Declarações oficiais e desdobramentos

Durante coletiva de imprensa, Dr. Felipe Curi destacou o rigor da investigação: “A polícia civil investiga os fatos e chega aos envolvidos, sejam pessoas físicas ou jurídicas”, reforçou. O caso levanta preocupações sobre a fiscalização de laboratórios e a segurança dos diagnósticos de saúde no estado.

As investigações continuam para apurar o envolvimento de mais pessoas e verificar se houve erros em outros exames, além dos seis pacientes já identificados.

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