O cenário eleitoral de 2024 em Teresina se destacou não apenas pela acirrada disputa política, mas também pelo número impressionante de pesquisas eleitorais registradas na Justiça Eleitoral. Até o final do pleito, foram 88 levantamentos, superando até mesmo São Paulo, a maior cidade do Brasil, que contabilizou 84 pesquisas no mesmo período. A pergunta que não quer calar: por que uma cidade de médio porte como Teresina precisaria de tantas pesquisas? E, mais importante, quem está bancando essa verdadeira enxurrada de dados?
Estima-se que o custo mínimo dessas pesquisas seja de R$ 1.320.000,00. Esse valor expressivo levanta suspeitas e questionamentos legítimos sobre as intenções por trás desse investimento. O financiamento de pesquisas eleitorais não é um movimento trivial; cada levantamento exige planejamento, metodologia e, claro, dinheiro. Diante desse cenário, é imprescindível que os eleitores e a imprensa questionem: a quem interessa esse volume desproporcional de pesquisas em uma cidade como Teresina?
Historicamente, pesquisas eleitorais desempenham um papel relevante na construção de narrativas e na influência da opinião pública. Elas moldam percepções sobre o desempenho dos candidatos, fortalecem campanhas e, em muitos casos, criam cenários artificiais que podem induzir o eleitor a votar de acordo com uma expectativa de vitória ou derrota. Em um pleito como o de Teresina, onde a disputa está particularmente acirrada, o uso massivo de pesquisas pode ser uma ferramenta estratégica para manipular a opinião pública e direcionar o comportamento dos eleitores.
Mas, para além do impacto político, há a questão ética: quem está por trás do financiamento dessas pesquisas? Se o custo mínimo ultrapassa um milhão de reais, estamos falando de um investimento pesado em um cenário de recursos limitados. É papel da imprensa e da sociedade cobrar transparência das campanhas e dos institutos que conduzem esses levantamentos. Quem financia e por que financia tantas pesquisas? Há alguma articulação política ou empresarial envolvida que visa manipular o eleitorado?
Teresina, uma cidade com pouco mais de 800 mil habitantes, não é um centro econômico ou político que justificaria tamanho interesse por parte de institutos de pesquisa de fora do estado. Ainda assim, a capital piauiense registra números mais expressivos que São Paulo. Esse dado é, por si só, intrigante e sinaliza que algo fora do comum está em curso.
O efeito desse bombardeio de dados sobre a opinião pública é outro ponto crítico a ser discutido. Pesquisas, quando usadas de forma legítima, têm o papel de informar a sociedade sobre tendências eleitorais e ajudar o eleitor a entender o cenário político. Porém, quando encomendadas em excesso e, muitas vezes, com métodos questionáveis, servem apenas para confundir, desinformar e criar cenários convenientes para determinados grupos. É um jogo perigoso, no qual a democracia corre risco de ser manipulada por aqueles que têm dinheiro e poder para controlar a narrativa.
Portanto, a pergunta que fica é: quem está pagando a conta das 88 pesquisas eleitorais em Teresina? E qual é o real objetivo desse investimento milionário? É crucial que a população tenha essas respostas, pois a integridade do processo democrático foi fragilizado nesta eleição diante da discrepante diferença entre o resultado das pesquisas que apontava Fábio Novo como prefeito eleito no final do turno e, numa inversão total dos números, bem acima do aceitável pelas margens de erro, venceu Silvio Mendes(UB).
É preciso que as autoridades percebam e investiguem o fato real de quem alguém tentou influenciar o voto e que as pesquisas foram um instrumento para isso.